Nas zonas rurais também existe criatividade e indústrias criativas, “embora noutra dimensão”. A conclusão é de Ana Paula Xavier, responsável pela Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho (Adriminho), durante a Conferência Final do projeto ICCER – Indústrias Culturais e Criativas em Espaço Rural que decorreu, esta quarta-feira, em Vila Nova de Cerveira.
As associações de desenvolvimento local admitiram que a aposta do mundo rural nas indústrias criativas pode representar uma nova vida para estes territórios, associados normalmente ao envelhecimento e à ausência de modernidade.
Ana Paula Xavier confirma que ainda “há muito a fazer”, sobretudo no aspeto da certificação.
Aponta a instalação de indústrias criativas como uma solução de futuro para estes espaços, por criar valor económico e novas oportunidades em locais mais desfavorecidos.
Para conhecer e demonstrar esta nova realidade no mundo rural, nove associações de desenvolvimento local, que cobrem um território do interior norte entre Valença e Arouca, lançaram um projeto comum com o objetivo de “criar valor”.
Através do projeto Indústrias Culturais e Criativas em Espaço Rural (ICCER), estas entidades pretendem disponibilizar aos profissionais do setor e aos públicos interessados “informação do que mais importante acontece e o que de melhor se faz no âmbito da economia cultural e criativa em espaço rural”.
Durante a apresentação das conclusões deste levantamento, os promotores do ICCER, liderado pela Adriminho, revelaram ter identificado, naquele território, 825 agentes ligados às indústrias criativas, desde arquitetos a fotógrafos, mas também artesãos, entre outros, que trabalham no espaço rural.
A qualidade de vida e o espaço envolvente são características que valorizam a instalação e promoção das indústrias criativas em espaço rural. Já a falta de acesso a novas tecnologias, como a internet, a elevada carga fiscal ou problemas de isolamento e socialização são algumas dificuldades identificadas.
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