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Viana do Castelo

Associação precisa de 11 mil euros mensais para colocar a funcionar centro único para jovens adultos

9 Julho, 2012 - 14:04

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Uma instituição de apoio a autistas de Viana do Castelo necessita de onze mil euros mensais para colocar a funcionar um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) para adultos, entretanto concluído, “tarefa impossível” sem o apoio do Estado.

Uma instituição de apoio a autistas de Viana do Castelo necessita de onze mil euros mensais para colocar a funcionar um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) para adultos, entretanto concluído, “tarefa impossível” sem o apoio do Estado.

“Sem qualquer apoio do Estado, representaria um custo para as famílias de cerca de 700 euros por mês, quando muitas vezes é mais do que o que ganham em salários”, explicou hoje à agência Lusa Marco Reis, presidente da Associação de Amigos do Autismo (AMA).

Este novo CAO, em Darque, Viana do Castelo, resulta de um projeto daquela associação para colmatar a “falta de apoio” nesta área, já que a única estrutura integrada do género, para a região Norte, funciona em Vila Nova de Gaia, e contará com quinze vagas para jovens adultos acima dos 16 anos.

“Queremos que em vez de estarem em associações de multideficiências ou em casa, fechados, estes jovens adultos sejam acompanhados para percebermos as áreas em que podem ser funcionais, para um dia mais tarde serem inseridos num trabalho protegido”, acrescentou Marco Reis.

O centro já está concluído e representou um investimento de 65 mil euros na adaptação de um edifício abandonado da Escola Carteado Mena, em Darque, que disponibilizou o espaço. Uma instituição bancária assegurou 50 mil euros para a obra.

Até final do mês, a direção da AMA espera reunir com representantes do Centro Distrital de Segurança Social de Viana do Castelo para tentar estabelecer um protocolo de apoio e comparticipação dos custos de funcionamento mensal.

“O ideal seria garantirem cerca de 80 a 90 por cento dos custos de funcionamento, que rondam os 11 mil euros mensais, pelo menos para podermos prestar apoio às famílias mais necessitadas sem grandes sobrecargas dos seus orçamentos. Mas, sem um apoio da Segurança Social, é uma tarefa impossível”, garante Marco Reis.

Grande parte dos custos de funcionamento passa pelo pagamento a quatro técnicos e cinco assistentes operacionais necessários para o apoio do centro, a recrutar para o efeito.

Nesta altura, a AMA assume que já tem mais pré-inscrições (17) para esta unidade do que as quinze vagas previstas, admitindo que se o acordo com a Segurança Social for alcançado até final deste mês poderá começar a funcionar na segunda quinzena de setembro.

“É uma necessidade que se coloca quando estes jovens saem da escola. O que acontece, em algumas instituições, é que ficam ali durante o dia quase como num armazém. Nós queremos que eles sejam felizes, porque têm esse direito, mas também que tenham capacidade de trabalho”, apontou ainda o presidente da AMA.

A instituição acompanha cerca de 200 casos de autismo no norte do país, dos quais 80 estão identificados no distrito de Viana do Castelo.

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