A Administração Regional Hidrográfica do Norte (ARHN) avança esta sexta-feira com o reforço do cordão dunar em Castelo de Neiva, Viana do Castelo, mas admite a futura necessidade de "retirada" das comunidades em locais de risco.
Desde o início do mês que a subida das águas tem vindo a ameaçar três habitações, depois de o mar ter rompido mais de cinco metros de cordão dunar da praia de Castelo de Neiva, onde agora vai decorrer a intervenção de emergência.
Em nota enviada às redacções, a ARHN admite que será realizada "uma intervenção robusta" mas alerta que "a dinâmica costeira" é "reconhecidamente imprevisível".
"Nesse sentido, a ARHN entende que a melhor estratégia de proteção contra este tipo de problemas de erosão seja a retirada, programada e devidamente efetuada, das comunidades localizadas em locais de risco", acrescenta a nota.
A intervenção vai custar 190 mil euros e prevê a criação de uma proteção frontal com enrocamento de pedra de quatro a seis toneladas, numa extensão de 80 metros.
"Será, igualmente, reposta a duna na parte posterior da mesma proteção frontal", explicou fonte da AHRN, admitindo que a obra "deverá estar concluída no final do ano".
"Estamos a falar de uma intervenção definitiva. Ou seja, a ARHN prevê que não seja necessário voltar a intervir no local nos próximos tempos", acrescentou ainda a fonte.
Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Castelo de Neiva, Augusto Bandeira, desde o inicio do mês o mar já galgou cinco metros de cordão dunar, deixando apenas a rocha à vista.
"As pessoas estão muito assustadas porque têm a água a poucos metros das casas. A três ou quatro metros, na maré-alta. É um cenário assustador", explicou o autarca.
FONTE: "Lusa"
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