“Em primeiro lugar está a segurança de todos. Se virmos que não se verifica, a edição deste ano da Floresta Encantada pode não realizar-se”.
O aviso, em tom taxativo, foi transmitido à Rádio Vale do Minho pelo Presidente da Junta de Cabana Maior, Arcos de Valdevez, Joaquim Campos.
Vale referir que estamos a falar de uma iniciativa que, nos últimos anos, tem ganho uma projeção estratosférica.
Em plena floresta, naquela localidade, as luzes de natal acendem-se e criam um ambiente incrível numa floresta que abriga múltiplas espécies de plantas diferentes, uma zona ribeirinha com várias quedas de água e um dos mais bonitos trilhos para se percorrer durante a época natalícia.
Os passadiços iluminam-se e não faltam adornos saídos de histórias de encantar, que dão ao local um tom carregado de magia.
Só que este ano isso pode não acontecer.
Reservas de todo o País
“Em Agosto já estávamos a receber reservas de empresas de turismo, com gente de Coimbra, de Setúbal e até da Guarda”, contou Joaquim Campos manifestamente preocupado com o trânsito caótico que pode gerar-se naquele lugar onde grande parte das estradas são em terra batida.
“Muitos demoraram cerca de duas horas para fazer quatro quilómetros”, recordou.
De acordo com a organização, entre 1 de dezembro de 2023 e 15 de janeiro de 2024, passaram pela Floresta Encantada “cerca de 72 mil pessoas”.
As estimativas para uma eventual edição este ano apontam para números largamente superiores a 100 mil visitantes.
Perante tamanha afluência, a Junta de Freguesia de Cabana Maior viu-se obrigada a colocar a edição deste ano em stand by.
A bola está agora do lado do Município de Arcos de Valdevez.
“Vou ter uma reunião com a autarquia em breve no sentido de tentarmos encontrar uma solução que garanta a segurança e a qualidade para todos os que nos visitam. Para já não há qualquer data para ligar luzes e nem mesmo a certeza se a Floresta Encantada vai avançar este ano”, disse Joaquim Campos.
O trilho da floresta só pode ser feito a pé e estende-se ao longo de 400 metros.
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