A Associação Regional dos Agricultores do Alto Minho (ARAAM) alerta para a forma "fatal" como o Governo e Comissão europeia estão a conduzir as negociações para a revisão do Plano Agrícola Comum (PAC), para o biénio 2012-2014.
O Engenheiro Luís Castela não tem dúvidas de que a agricultura pode levar a "machadada final", caso se confirme a eliminação das cotas leiteiras, acabando com umas dezenas de exploração nesta região. Alerta ainda para o regime de pagamento único ter facilitado a atribuição de apoios comunitários a quem produzisse e até a quem não exerce a actividade.
Luís Castela realça que o Alto Minho tem muitas potencialidades que não estão a ser "verdadeiramente" aproveitadas, e aponta o dedo aos entraves que o Governo impõe a quem quer ser agricultor.
Questionado sobre as vantagens da proliferação, nos últimos meses, de hortas urbanas ou biológicas um pouco por todos os concelhos alto-minhotos, o técnico da ARAAM diz que não passa de "uma moda social", que tem os dias contados.
O futuro do sector agrícola pode estar comprometido, devido aos sucessivos "maus" ministérios. No entanto, Luís Castela, da Associação Regional dos Agricultores do Alto Minho, refere que, com outras políticas, mais na defesa dos agricultores, e com a formação de empresários na área, o cenário pode ser outro "e para melhor".
A revisão do PAC pode ditar o futuro da agricultura nacional, diz Luís Castela, recordando que, neste momento, Portugal só recebe 1,3 por cento do total das verbas destinadas ao PAC, cujo orçamento comunitário é de 42 por cento. Em termos comparativos, a França recebe 27 por cento.
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