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Desporto

“Aquecimento” para o fim-de-semana desportivo de 22/23 de Abril

21 Abril, 2017 - 09:02

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É indesmentível que a próxima ronda do campeonato nacional maior se reveste de importância crucial, poderemos dizer fundamental e quiçá decisiva, para o desfecho da prova, quer a nível de título, quer pelo menos de um lugar de despromoção. O clássico dos clássicos – Sporting/Benfica – não vai, matematicamente, decidir o título de campeão, até poderá torná-lo mais baralhado, mas que o seu desfecho é aguardado com enorme expectativa, disso ninguém tem dúvidas. Se o Benfica vencer, ninguém deixará de acreditar no inédito tetra; se houver empate, a larga maioria ficará na crença que o caminho para essa conquista estará desbravado; só o triunfo leonino convirá ao Porto e, se tal acontecer, então o Dragão “ferverá”, na tarde seguinte, diante do Feirense, e as contas poder-se- ão arrastar até à última milésima de segundo da prova. Em abono do triunfo leonino estarão não só a dignidade, como a crença e até a esperança na entrada directa na liga dos milhões.
Do lado oposto, que consequências a retirar do Tondela/Nacional? “Irmanados” nos derradeiros degraus da tabela, é convicção que o perdedor terá entrada pelo abismo rumo à Ledman Liga Pro e empatando-se, o fosso poderá ser comum, com mais propósito se os Cónegos de Moreira forem capazes de vencer, no seu ambiente, o Chaves, em nítida descompressão e perda de acutilância.
O “miolo”, ou seja, o espaço que medeia entre discussão titular e de quedas, também não deixará de nos proporcionar motivos de interesse, mormente os duelos relativamente próximos, geograficamente, Guimarães/Boavista e Paços de Ferreira/Braga, pela proximidade na tabela entre os rivais minhotos e especialmente para os arsenalistas que correm riscos de deixar os Conquistadores encetarem fuga. Boa dose de interesse recai ainda no Marítimo/Belenenses, com os insulares empenhados na obtenção do último bilhete” para o comboio europeu, mas também na expectativa da estreia do novo timoneiro da Cruz de Cristo. Finalmente, Rio Ave/Arouca e Estoril/Setúbal cumprirão o calendário, pese os vilacondenses ainda estarem esperançados na via Europa e os “canarinhos” do Estoril em busca da salvação total.
Continuando pelo futebol profissional, após ciclo tenebroso, o Portimonense regressou aos triunfos e logo para afastar o imediato, Desp. Aves, ambos porém beneficiados pelo segundo desaire consecutivo do Varzim.
Assim, um simples ponto em Viseu bastará, este Domingo ao final da manhã, para os algarvios carimbarem a Liga NOS, o que poderá ainda acontecer em plena viagem de regresso se o Varzim não conseguir impor-se na Covilhã, que ainda sente algumas tremuras pela segurança total. Mas também o Aves poderá juntar-se à festa algarvia, embora esta dependa de três factores: desde logo o seu próprio triunfo na recepção ao Famalicão, que luta pela manutenção; depois também pelo fracasso do Varzim e ainda por um não triunfo do Penafiel, em deslocação ao conterrâneo Freamunde, faminto de pontos para manutenção. Menção ainda ao clássico de “B”, Benfica/Porto, sem graves preocupações em ambos e ainda ao Leixões, que busca posto de salvação na recepção ao despromovido Olhanense.
No principal campeonato distrital é chegada igualmente a hora de tudo ou nada, no topo e no fundo. Para o primeiro concorre o dérbi arcuense, com o líder Arcos na recepção ao conterrâneo Távora, que já “retirou” dois pontos ao rival no jogo de ida, mas que apesar de ser equipa sensação da prova estamos crentes que não deverá fazer mossa, desta feita, pois caso aconteça o Cerveira espreitará a liderança, pretendendo vencer o encontro, em seu domínio, diante do Chafé, ainda não liberto de todos os problemas relativos à manutenção. Por outro lado, o Lanheses ainda acalenta esperanças e sobe ao alto de Coura, onde o espera uma equipa tranquila, mas interessada em subir uns degraus na tabela.
No extremo oposto, Valenciano/Arcozelo é jogo vital pelo menos para um deles, embora ambos corram riscos tremendos de despromoção. Fazendo pela vida, os anfitriões, caso vençam, praticamente sentenciam a despromoção do adversário; empatando-se, talvez se autoflagelem ambos. E ambos poderão vir a perder terreno ou minimamente não encurtarão caminho relativamente ao Castelense, que não deverá desaproveitar o seu terreno para averbar os três pontos, preciosíssimos, na recepção à lanterna vermelha, Vila Fria.
Sem menosprezar a importância, embora mais pelas calmarias sem objectivos de monta a enxergar, Neves/Desp. Monção disputam clássico “despido” de adrenalina, enquanto o Vianense recebe o Campos procurando tirar efeito da chicotada e não se deixar apanhar pelo adversário, de estatuto mais modesto, concluindo com um dérbi limiano dos mais conceituados, entre Vitorino de Piães e Correlhã, dois conjuntos algo frustrados pela não concretização de qualquer objectivo da época, restando a ambos o consolo de poderem alcançar o quinto lugar na tabela.
Animada antevê-se, de igual forma, a ronda da divisão secundária, com os dois primeiros em seus domínios na expectativa de se manterem e distanciados à concorrência. Se o conseguirem, significa que o Melgacense poderá fazer despedida da promoção, pois o líder, Moreira do Lima, que o recebe, disparará à promoção ou pelo menos ficarão os da terra de Inês Negra muito distantes desse objectivo, e o Raianos, que será anfitrião de Darquense, fora destes meandros, também adquirirá pecúlio razoável para possibilitar recuperação dos melgacenses, tanto que poderão intrometer-se outros pretendentes, que não o Bertiandos, pois tem infortúnio da folga, mas podê-lo- ão conseguir Ancorense que viaja até Moreira do Gadanha ainda com todas as esperanças reunidas, bem como seu conterrâneo, Âncora Praia, anfitrião de Perre, para além de praticamente todas as possibilidades de Vila Franca alargar o fosso pois será anfitrião da lanterna vermelha, Longos Vales, que constituiria a surpresa da época se fosse ao Visconde da Barrosa cortar os “espinhos” às “rosas”.
Fora da “molhada” teremos apenas duas partidas para rodar mais uma jornada: Cardielense/Lanhelas, com os locais a estrear tapete novo na nova casa de empréstimo, em Torre, e o dérbi limiano Anais/Fachense não só próximos pela geografia senão também pelos lugares consecutivos na tabela classificativa.
Para não fugir à regra, também por Portugal Prio começam as contas finais. Sê-lo- ão, em definitivo, ao Ponte da Barca se não vencer no terreno do Trofense, um adversário obrigado a ultrapassar, mas que provavelmente já nem com triunfo lá chegará, pelo que o jogo poderá servir mesmo para complicar a situação dos trofenses, o que seria importante ao Limianos, os quais, minimamente, teriam que vencer na recepção ao líder Felgueiras, pois não o conseguindo, também as contas ficarão saldadas. Do par restante, o Mirandela/Pedras Salgadas, além de dérbi, tem comum importância para ambos a contas mínimas com eliminatória, ficando apenas S. Martinho/Gandra pelo mero rito de cumprimento de calendário.
Na outra série, o Caniçal terá que fazer o mínimo que se lhe exige, que é derrotar o despromovido Moncorvo para acalentar as esperanças, já que entre Camacha e Torcatense, um ou ambos perderão pontos, imprescindíveis a qualquer deles. Concorre ainda para este grupo o Pedras Rubras, em recepção ao tranquilo Montalegre, enquanto Bragança, não totalmente seguro, “hospeda” o Vilaverdense, potencial vencedor da série.
A promoção joga-se em três encontros, mas o principal é UD Oliveirense/Merelinense, porquanto são líderes, pelo que ou um deles a assumirá, de forma isolada, complicando, sobremaneira, a situação do outro, ou ficam por empate, no que poderão aproveitar Salgueiros em recepção a Gafanha ou Marítimo B que também é receptor da lanterna vermelha, Oliveirense AD. Aliás são várias as hipóteses que, em extremo, até poderão conduzir a três equipas empatadas a um ponto duma quarta. Que belo campeonato onde apenas o Amarante/Vildemoinhos contará bem pouco!
Mas o fim-de- semana será também suculento por outras matérias desportivas, mormente Hóquei em Patins, desde logo numa ronda de abertura em Sexta à noite com a visita do campeão Benfica a Valença, partida de importância crucial para ambos por objectivos opostos, em tudo idêntica à visita da Oliveirense à Candelária, embora os dois anteriores visitados esperem que o Porto triunfe na deslocação a Paço D’ Arcos contrariamente aos seus “hóspedes”. Tudo muito estreito à entrada para as grandes decisões, onde o Sporting já não terá grande palavra pelo título, mas poderá “ajudar” a Sanjoanense na despedida. Turquel/Riba D’Ave tem contornos terríficos na luta pela manutenção, desenrolando-se ainda o dérbi minhoto Viana/Barcelos, interessante na luta pelo quinto.
Na divisão secundária, o líder Braga tem difícil viagem até Vale de Cambra, mas vencendo-a o objectivo principal estará praticamente consumado, embora os riscos sejam menores em caso de algum percalço, não obstante poder significar a perda da invencibilidade em caso de derrota. Relativamente aos perseguidores, a tarefa de Espinho em recepção a Póvoa parece menos complicada que a deslocação do Infante de Sagres a Marco de Canaveses. Mais sossegada, Vila Praia será anfitriã de Famalicense, em dérbi à moda do Minho.
Em Futsal, além do arranque para o Torneio Extraordinário de Juniores Masculinos, com esse dérbi Barca/Amigos de Sá em saliência, prosseguirá mais uma jornada em Seniores Femininos, com deslocação de Moreira a Piães, um reduto complicado, e Limianos na visita a Deucriste. Já pela Taça Nacional de Seniores Femininos, Castanheira vai tentar o apuramento em Moncorvo, esperando triunfo diante de Santo Cristo. A jornada da Sport Zone leva o Benfica aos Lombos e o Sporting a Modicus (Gaia), já com posições definidas, ficando o Braga no acolhimento e muito provável despedida, mesmo com vitória, do conjunto de Vinhais.

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