“Aquecimento” para o fim-de- semana desportivo de 21 e 22 de Janeiro

Eis-nos a preparar mais um “aquecimento” para um fim-de- semana em que se torna, realmente, necessário dada a vaga de frio que nos assola. Mas não parece geral esta necessidade. Efectivamente, ali para as bandas de Alvalade, parece que as coisas andam bem quentinhas, com dirigentes, técnicos e atletas sobre brasas num ambiente gelado. Contraditório, mas são efeitos da saída das competições europeias e agora “despedida” de todas as Taças – a última das quais de Portugal, em Chaves – e, nem de propósito, de lhe apresenta este final da tarde de Sábado um Caldeirão onde a “chamuscadela” poderá ser fatal e absoluta.
Marítimo/Sporting, com os insulares em crescendo e momento pomposo, contrariamente à baixa moral dos leões, será teste decisivo para as bandas de Alvalade, podendo significar fracasso total e prematuro da época, tanto que só lhe resta o campeonato e o rival e líder Benfica não deverá sofrer contratempo caseiro, e menos duplo consecutivo, diante da lanterna vermelha, Tondela. A luta pelo primeiro quarteto estará ao rubro também neste fim-de- semana, com a deslocação do Rio Ave ao Dragão, pois o favoritismo caseiro do Porto poderá ser contrariado pelo conhecimento do técnico vila-condense e ainda pelo sempre escaldante dérbi minhoto entre Braga e Guimarães, tendo este o efeito de poder decidir este minicampeonato em caso de triunfo arsenalista, restando aos vitorianos igualmente vitória para reentrarem nesta decisão.
Na luta por evitar a despromoção, e atenta a tarefa hercúlea do Tondela, na Luz, também a vida do Nacional está complicada pela deslocação a Chaves, pois os flavienses pretendem conservar a via da Europa, enquanto o Moreirense viaja para perto, mas ao encontro do Paços de Ferreira que também ambiciona ascensão para lugares mais tranquilos, havendo ainda que atentar no confronto Feirense/Estoril, dois emblemas em empate pontual na tabela e com o perigo a rondar por perto. Resta um quarteto de equipas para dois pares bem juntinhos em abertura da segunda metade da tabela: Arouca/Boavista, a norte do Mondego e Belenenses/Setúbal, nas margens do Tejo, de cujos desfechos poderão resultar oscilações de postos, mas sem grandes clivagens.
A Ledman Liga Pro apresenta-nos a ronda segunda da segunda parte, com Penafiel/Portimonense em cabeça de cartaz, obviamente sempre mais decisivo para o perseguidor da dianteira, já que o avanço dos algarvios é de difícil recuperação, a não ser pelo Aves que será anfitrião dos vizinhos de Guimarães. Sem preocupações por banda do par da frente, o encontro será importante então para Penafiel, em vista ao lugar de “consolação” já que compete com o par Académica, “inquilino” do pódio, e Santa Clara, significando para os penafidelenses a ultrapassagem dum deles, já que se defrontarão entre si em Ponta Delgada.
Com relativo interesse nesta jornada, um Braga B/U. Madeira, entre dois emblemas que pretendem rumar à tranquilidade tal como Viseu/Porto, em oposição dos viseenses que querem fugir à despromoção, lugar onde “habitam”, momentaneamente. Os clássicos B lisboetas encerrarão a jornada em plena Segunda-feira, com recepção do Benfica ao Varzim, ambos tranquilos, e do Sporting ao Covilhã, de sentido obrigatório ao triunfo dos leões, ainda assim bem piores que os seus principais.
Completando o quadro nacional, eis a penúltima ronda de Portugal Prio, importante para os conjuntos vianenses, já que não evitando classificação final nos quatro últimos lugares, torna-se obrigatório triunfar para evitar os dois derradeiros, factor sobremaneira extremo para o Ponte da Barca, anfitrião de Pedras Salgadas, o qual não poderá deixar alargar fosso, mas também para Limianos, igualmente anfitrião, dum Bragança desmotivado pela improbabilidade de atingir a segunda fase em promoção. Para esse lugar em aberto, há dois jogos que, provavelmente, não decidirão, em definitivo, já que Oliveirense e Vilaverdense se encontram empatados e ambos serão anfitriões de Torcatense e Montalegre, respectivamente. Falta acrescentar a recepção do líder Merelinense ao Mirandela, e caso o conjunto bracarense mantenha a condição de invicto, será razoável para o par vianense.
Fixando-nos agora pelos nossos campeonatos, parece de diamante a chave de encerramento da primeira volta da principal prova. Desde logo pelo Vitorino de Piães/Cerveira, duelo entre primeiro e terceiro, com hipóteses de permuta, ou possível aproveitamento do segundo, Arcos, na sua recepção ao Courense, que até poderá regressar ao comando se se empatarem no outro jogo, mas sem perder de conta que o Courense não sabe perder há quatro jornadas, tendo mesmo triunfado em Cerveira e imposto nulo ao actual líder. Mas há ainda um Neves/Lanheses, num dérbi bem especial, de luta pela aproximação ao pódio, que até será possível a um deles.
Poderemos ainda focar mais dois emblemas empenhados na junção à frente ou em não perder posições, casos de Correlhã, com deslocação a Chafé, conjunto que luta, com veemência, pela fuga ao penúltimo posto, e Vianense, com enorme probabilidade, de triunfo caseiro, diante da lanterna vermelha, Vila Fria, altamente dizimado do anterior encontro e em enormes dificuldades na conquista dum primeiro ponto.
E restam encontros entre intervenientes da segunda metade da tabela, com uns ou outros empenhados em manutenção, tendo que saltar dos lugares actuais, Chafé e Vila Fria, já mencionados e ainda o Valenciano, no regresso a casa para enfrentar o Castelense, mais tranquilo e motivado pela “desonra” aos arcuenses. Para o Valenciano é proibido perder em casa, tal como para o Desportivo de Monção é obrigatório ganhar nessa circunstância, ao Távora, até porque seria escandalosa uma ultrapassagem dos tavorenses, restando um Campos/Arcozelo, entre emblemas praticamente emparceirados e em luta pelo mesmo e comum objectivo destes últimos jogos – evitar a despromoção.
Igualmente extraordinário se apresenta o termo da primeira metade da divisão secundária, mormente com o líder Vila Franca em recepção ao Raianos, na “prova de fogo” aos monçanenses, como uma “pitada” pela ainda possível chegada ao pódio e simultaneamente pela mensurabilidade da pujança da equipa das “rosas”, seguindo-se um não menos empolgante Lanhelas/Ancorense, pautado pela rivalidade entre conjuntos caminhenses, com a intenção dos ancorenses na manutenção do posto de subida, e ainda a “hospitalidade” do Melgacense à lanterna vermelha, Longos Vales, correspondendo a uma dificuldade eminente dos sanjoaninos saborearem triunfo nesta primeira volta.
Âncora Praia já completou esta volta, pelo que corre riscos de ser desalojado do quarto lugar, mormente pelo Bertiandos que, nas Lagoas, é favorito no confronto com o Perre, bem como pelo Cardielense, igualmente anfitrião do penúltimo, Fachense, ou ainda pelo Moreira de Lima, ainda pelo seu domínio para enfrentar o Darquense. Resta o Moreira/Anais, um jogo que poderá aproximar muito os dois emblemas, em caso de triunfo caseiro dos “canarinhos”, que ainda poderão beneficiar do favoritismo do Bertiandos para ultrapassarem o Perre, sendo este binómio a melhor maneira de concluir a primeira metade.
Como se não bastasse a matéria abundante supra exposta para “aquecimento” do frígido fim-de- semana, eis ainda mais uma rodada completa do Futebol de Sete, a preencher, integralmente uma matinada sabatina, bem como uma ronda total por toda a formação, coincidindo com término em Juniores nacionais, já decidido, como na passada semana frisado, na I Divisão, mas com vaga em aberto na secundária, reiterando interesse aos encontros Cerveira/Famalicão e ao Fafe/Merelinense, embora os famalicenses dependentes de insucesso fafense, com os da vila das artes interessados em mais pontos com vista às decisões fatais. Idêntico término da II Divisão distrital de Juvenis, com o trio Fontourense/ Meadela/Deucriste em luta por vaga exclusiva a dois.
A modalidade de Futsal apresenta um Sporting/Belenenses, a par dum Rio Ave/Benfica ou ainda um Azeméis/Braga donde se extrai a inexistência de emoções sublimes pelo facto de não estarem em jogo grandes decisões de lugares. Já a nível distrital, surgirá o encerramento do campeonato de Juniores A Femininos, em cumprimento de calendário, pois Santa Luzia já arrebatou o título, enquanto no escalão de Seniores, o líder Castanheira procura conservar vantagem em Deucriste e extrair, quiçá, algum benefício do Ponte da Barca/Limianos, jogo interessante da ronda, sem desprimor para Zona Fut/Arcos S. Paio, esperando-se favoritismo das valencianas, contrariamente às “canarinhas” de Moreira que, certamente, reunirão as habituais dificuldades na recepção a Vitorino de Piães, com as quais repetirão mais dois encontros nos inícios de Março, então a contar para a Taça.
Finalmente e de volta os stiques com o regresso dos campeonatos nacionais de Hóquei em Patins. Oliveirense/Benfica é de duplo interesse, embora crucial para os anfitriões, já que se afastam do título perdendo o encontro, contrariamente aos encarnados que apenas perderiam a invencibilidade ou a totalidade de triunfos, tal como decisivo para o Porto a recepção ao Valongo, já que o conjunto valonguense não conseguirá chegar à dianteira e os portitas poderão tê-la como miragem em caso de triunfo vermelho. Jogo vital também para Valença HC na recepção ao Turquel, já que se trata dum grupo do “seu” mini campeonato e, por isso, de jogo de dupla pontuação, esperando e desejando ainda o contributo da Juventude de Viana num triunfo, nos Açores, diante da Candelária, bem como ajuda de O C Barcelos com vitória em Paço D’Arcos. Já agora se não for pedir demasiado para as hostes do Valença H C, que o Sporting vença, em seu ambiente, o Tomar. Mas, obviamente, antes de tudo que não esperem pelos outros e façam seu trabalho – derrotar o Turquel.