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Desporto

“Aquecimento” para o fim-de- semana desportivo de 19 e 20 de Novembro

18 Novembro, 2016 - 08:29

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Acompanhe o fim-de-semana desportivo na sua rádio de todos os dias.

No conceito tradicional de “Festa” não se encaixa a designação de jogos de futebol, tanto que, lamentavelmente, cada vez menos o futebol é motivo de festa. Mas nem por isso a Taça deixa de ser considerada a “Festa do Futebol”. E ei-la, uma vez mais, por esse rectângulo com cerca de 92.000 Km 2 , de norte a sul, aliás numa eliminatória já iniciada no passado Domingo, que apurou os serranos do Sporting da Covilhã, afoitos, sem medo de encarar o mar encapelado na Póvoa de Varzim, tal como o Sporting “pai” também não teve pavor – tal seria “muito anormal”, como reconhecia Jorge Jesus – de enfrentar e deixar para trás o Praiense, que talvez se tenha assustado mais no túnel que em pleno relvado, onde chegou a enervar o conjunto leonino na primeira parte.
A Taça prossegue esta noite com o duelo mais ansiado e porventura o mais equilibrado e de mais difícil prognóstico, como é a deslocação do Porto, finalista vencido, a terras transmontanas, onde o Chaves só baqueou no campeonato diante do líder Benfica, a quem obrigou a vestir fato-macaco. Jogo de extrema importância para ambos os conjuntos, mas de holofotes no Dragão que corre riscos de sair cedo do primeiro “título”, já que a tarefa é a mais complicada dentre o lote dos “grandes”, pois o Benfica fica pelo conforto do “lar, na recepção ao Marítimo, embora os insulares respirem outros ares resultantes da “maré” provinda dos Açores. Já agora, terceiro confronto de relevo também entre emblemas da NOS é o que encerra a ronda, no Bessa, entre eternos rivais, o sempre problemático entre Boavista e Guimarães, ou seja, a Taça terá mesmo emoções até ao último apito.
Entre o primeiro dos não disputados e este derradeiro jogo, mais primodivisionários enfrentarão emblemas de escalão inferior, podendo, em consequência, surgir os “tomba gigantes”, que normalmente marcam presença num ou noutro. Mais favoritos, obviamente, os que são anfitriões, como é o caso do detentor do troféu, Braga, em recepção a Santa Clara, mas ainda Estoril que recebe visita da outra margem, de Cova da Piedade ou Feirense onde se deslocam os vizinhos da Académica de Coimbra, sem esquecer que, em qualquer caso, “Taça é Taça”.
Por sua vez, há um quarteto que faz sacos e segue viagem, todos em descida de dois degraus, até Portugal Prio, justificando bem mais o título de “tomba” se Benfica e Castelo Branco, quarto de série E, conseguir afastar o Vitória Sadino ou para os Mineiros Aljustrelenses, dos últimos da sua série, se fizerem cair o Tondela, ainda que lanterna vermelha. O título ficaria bem ainda a mais dois emblemas da Série F, concretamente o Vilafranquense se “partisse a mobília” ao Paços de Ferreira ou o Torreense, que há anos fez partida carnavalesca no Dragão, deitasse agora borda fora o Nacional da Madeira.
Pelo facto de não integrarem a liga principal, nem por isso deixa de merecer referência os quatro encontros doutros níveis, nomeadamente um Vizela/Penafiel, dérbi de rivalidade ensandecida, ou a deslocação do “galo” de Barcelos até S. João da Madeira, sendo o Gil Vicente obrigado a vencer para seguir em frente, pois na Taça não poderá confiar em “vitória administrativa”. Real Massamá em recepção à lanterna vermelha da Ledman, Olhanense, e Oriental/Leixões são os dois confrontos em falta para conclusão da eliminatória que há-de listar os dezasseis magníficos que obtiverem “passaporte” visado para a etapa seguinte.
Aproveitando a disputa da Taça, Portimonense, já afastado, e Braga B, impedido pelo regulamento, aproveitam para antecipar a partida entre ambos da Ledman Liga Pro que poderá servir aos algarvios para dilatarem vantagem na dianteira da tabela.
A nível profissional, por aqui ficará o fim-de- semana, mas cá entre nós, haverá emoções de sobejo para preenchimento integral do mesmo. A começar pela divisão principal, cuja ronda não se perspectiva a grandes alterações no cimo da tabela, isto olhando pelo “prisma” da lógica (que é isso no futebol?!). Líder Arcos recebe o diminutivo Arcozelo, etimologicamente, “arco pequeno”, mas nem sempre quem joga melhor triunfa, nem os maiores levam de vencida os mais pequenos, pelo que não se deve dar por adquirido o triunfo sem o merecimento. Tal ponto de vista será válido para os imediatos, desde logo para o Cerveira, que joga na vila das artes, perante a lanterna vermelha, Vila Fria, cuja partida não é propícia a conseguir o primeiro ponto, ficando também por casa o Vitorino de Piães, empenhado em manter o lugar de vice à custa do Távora, conjunto que parece atravessar momento menos produtivo. Ora, do quarteto da dianteira apenas a Correlhã se ausenta e no caso até Paredes de Coura, para partida de tripla, que tem ainda o interesse em saber se os cornelianos manterão, tal como o líder, o seu estatuto de invictos.
Espreitam deslize nalguma das partidas citadas, para poderem entrar também no pódio ou arredores, o Neves, anfitrião do vizinho Chafé, que chegou a ser sensação mas entrou em declive, tal como Castelense e/ou Lanheses, duas equipas em alta, espaçadas somente por um ponto a partir da dúzia, que se defrontam em mais um dérbi de grau elevado de motivação.
Restam as duas partidas em que intervêm emblemas da nossa área de abrangência e, infelizmente, em luta pela fuga aos postos de fundo onde militam, presentemente. O Desportivo de Monção tem deslocação ao emblema da cidade capital, o Vianense que, mantendo intactas as suas aspirações, não poderá desperdiçar este encontro em casa, podendo complicar a situação dos de Deuladeu, que em caso de triunfo poderão “libertar-se” de Valenciano e/ou Campos, aproveitando este dérbi à Beira Minho, de importância crucial recíproca, em que um deles reterá pontos. Atenções, pois, voltadas a este par de jogos, pois deles poderão resultar alterações importantes na tabela, inclusive alternâncias entre o trio Desportivo/Valenciano/Campos, sendo que um deles se manterá em lugar de despromoção.
Frente a frente, dum e doutro lado das margens do Lima, joga-se a liderança na divisão secundária e a manutenção de diferença ou distanciamento à concorrência. Em Lanheses, o líder Melgacense testa a sua invencibilidade diante do Cardielense, em partida certamente difícil, mas não será de menor monta a tarefa do Ancorense, em Vila Franca do Lima, pois o conjunto das “rosas” tem tido cavalgada galopante e quer colocar-se, rapidamente, à porta do pódio.
Anais/Darquense é partida entre intervenientes do alargado grupo da dúzia, assumindo, por tal, acréscimo de interesse, tal como o Moreira do Lima/Bertiandos, mormente por banda dos anfitriões, sem descurar o carácter de rivalidade enorme neste dérbi limiano, fazendo ainda parte deste leque, Lanhelas e Ancora Praia, adversários de Moreira e Longos Vales, o que confere, de imediato, teor complicado aos monçanenses, embora o Moreira, até pelas prestações conseguidas e pelo ambiente caseiro em seu favor, tente obter o primeiro triunfo, situação que os sanjoaninos também ambicionam, mas terão ainda contra si o ambiente forasteiro e mormente complicado de Vila Praia de Âncora, quer pela brisa marítima, quer pela vertente humana aguerrida. Resta, para além da folga do Fachense, benéfica para os “canarinhos” poderem saltar um degrau, o confronto entre Raianos e Perre, primordial a terceiro triunfo consecutivo dos monçanenses para se intrometerem pelos meados da tabela ou mirá-lo por mais uns tempos, correndo riscos de poder alternar com o adversário, o que seria tenebroso.
Seguem-se as duas tradicionais pinceladas das modalidades, com relevo a mais quarenta e três jogos de maratona matinal de Sábados, no Futebol de Sete, além de mais uma ronda pelos três escalões distritais de formação, já que pelos nacionais ficaremos pelo regresso dos Juniores, disputando-se mais uma ronda de Basquetebol, embora com redução a Iniciados e Juniores.
Pelo Futsal, o duelo entre Amigos de Sá/Âncora Praia marcará a ronda em Juniores Masculinos, já que pelos seniores do mesmo sexo a jornada aparenta tranquilidade. Todavia, no feminino, esperam-se quatro partidas “quentes”, equivalentes a outros tantos dérbis, a começar pelo “nosso” Moreira/Zona Fut, para “arribar” ou “estoirar” das “canarinhas”, seguindo pelo não menos escaldante Limianos/Piães, de acesso à liderança, prolongando pelo Deucriste/Darquense, mais para as partes “baixas”, culminando no Barca/Arcos, entre medianos prestadores.
Na Sport Zone e já com o Sporting na liderança pelo triunfo robusto desta Quarta diante do Fundão, antevê-se ronda tranquila para o líder, apesar de deslocação a Vinhais, tal como o Benfica não deverá sentir complicações na recepção ao Burinhosa, tornando-se, certamente, bem mais equilibrado o confronto Belenenses/Braga.
Finalizando, uma vez mais, com stiques, na divisão secundária sobressai o embate entre o líder Infante Sagres e o seu vice, Espinho, cujo desfecho, ora penalizando um ora ambos, poderá ser aproveitado pelo Braga que regressa a casa para receber o Gulpilhares. Nota ainda para a deslocação de Vila Praia à Póvoa, ambos habituados à orla marítima, esperando para constatar quem se adaptará melhor ao piso terrestre do pavilhão.
Na divisão principal, o trio de líderes joga em ambiente caseiro, sempre mais fácil na adaptação, com Porto perante Paço D’Arcos, a Oliveirense enfrentando os açorianos da Candelária e o Benfica a receber os “nossos” hoquistas do Valença H C. Com maiores ou menos expectativas, dificuldades impostas ou sortes distintas, no cômputo geral, talvez o trio se mantenha unido, tanto que não será este o campeonato dos valencianos. Também o Sporting, que recebe a Sanjoanense, deverá regressar a triunfo depois da derrota em Barcelos, equipa que se mantém no seu pavilhão para o dérbi minhoto com a Juventude de Viana, em momento de equilíbrio pontual entre os dois conjuntos.
Um apelo final. À Festa da Taça junte a festa do fim-de- semana desportivo. Que todo o desporto viva no ambiente festivo.

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