Aquamuseu representado no Seminário “Territórios, Sociedades em Tempos de Mudança”

O Aquamuseu do rio Minho, Vila Nova de Cerveira, vai estar representado, esta sexta-feira e sábado, no Seminário “Territórios, Sociedades e Culturas em Tempos de Mudança” do Centro de Estudos Ibéricos, na Guarda, através da comunicação proferida por Carlos Antunes sobre “A pesca artesanal como elemento aglutinador da dinâmica económica e social de um território transfronteiriço”.
O encontro tem por objetivo promover a apresentação de vários trabalhos, criando um espaço de debate, aberto a investigadores que estão a realizar trabalhos sobre os referidos temas, que constituem problemáticas pertinentes para a definição duma nova agenda da coesão económica, social e territorial.
A intervenção do diretor do Aquamuseu do Rio Minho está agendada para o primeiro dia, no período da manhã, abordando o rio Minho na perspetiva internacional, com expressão máxima ao nível da exploração dos recursos piscícolas. Carlos Antunes vai destacar que este é um dos rios mais importantes, no contexto ibérico, em relação à captura de enguia de vidro, sável e lampreia. E no que diz respeito à pesca artesanal, o Minho é um rio repleto de memórias. Dada a sua abundância em peixe, promoveu a fixação de populações ao longo das suas margens, as quais desenvolveram técnicas diversas para a pesca, em função das caraterísticas orográficas do terreno.
Os conflitos de interesse na exploração de recursos existem não só entre a comunidade piscatória, mas também nos outros serviços dos ecossistemas o que, segundo Carlos Antunes, deveria obrigar a uma co-responsabilização na gestão dos recursos biológicos do rio Minho. Tendo por base a pesca artesanal, assume-se que só um modelo organizativo que envolva os diferentes agentes que exploram o recurso “rio Minho” permitirá a sustentabilidade do mesmo.