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Vale do Minho

Aquamuseu apoia certificação da lampreia. Viveiro de lampreias está a ser equacionado para garantir sustentabilidade

7 Fevereiro, 2011 - 12:43

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O Aquamuseu do Rio Minho, em Vila Nova de Cerveira, vai também apoiar o projecto de certificação da lampreia, em curso há cerca de um ano. O parceiro cerveirense junta-se, assim, ao projecto conjunto dos pescadores de ambos os lados do Rio Minho e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.

O Aquamuseu do Rio Minho, em Vila Nova de Cerveira, vai também apoiar o projecto de certificação da lampreia, em curso há cerca de um ano. O parceiro cerveirense junta-se, assim, ao projecto conjunto dos pescadores de ambos os lados do Rio Minho e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. De acordo com o responsável, Carlos Antunes, o apoio do Aquamuseu será feito, sobretudo, ao nível científico. Para já não está definido o tipo de certificação, uma vez que, em avaliação, está a espécie e a sustentabilidade da mesma. Carlos Antunes explica que o trabalho que já foi feito diz respeito a uma instituição de pescadores que, no terreno, pretende certificar a lampreia "em termos de origem".
Relacionado com este processo da certificação da lampreia está o projecto de alguns os pescadores espanhóis que pretendem avançar, nos próximos meses, com a colocação de etiquetas dos espécimes capturados, de forma a assegurar a sua proveniência. Trata-se de um processo de sinalização que é já um avanço no sentido da garantia de origem das lampreias. Carlos Antunes refere que esta experiência é "interessante" e poderá ser "útil", mas é preciso esperar pelos resultados. A ser equacionada está ainda a instalação de um viveiro no Rio Minho, como centro de recolha das lampreias pescadas, contribuindo para a sustentabilidade da exploração deste recurso. O projecto está também nas mãos de pescadores espanhóis. Os estudos, entretanto, realizados permitiram concluir que a lampreia do Rio Minho é a única espécie migratória que tem vindo a aumentar em número de indivíduos, factor que encoraja os especialistas.
O responsável técnico pelo Aquamuseu do Rio Minho, Carlos Antunes, acredita que a qualidade do habitat é um factor decisivo para a entrada da espécie no rio. Há dois anos, estima-se que a captura atingiu as 150 mil unidades, que fizeram as delícias nos eventos gastronómicos locais.
A lampreia é uma espécie autóctone e migradora, que depende do livre acesso aos rios para se reproduzir. Pode medir mais de um metro e atingir os 2,5 quilogramas, assim como viver até aos nove anos.
A migração no Rio Minho acontece entre os meses de Dezembro e Junho.

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