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Paredes de Coura

António Costa: ‘Como Primeiro-ministro, espero continuar a visitar Paredes de Coura’

21 Agosto, 2015 - 00:36

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À conversa com a rádio Vale do Minho, o líder socialista mostrou especial sensibilidade para a falta do Tribunal, acessibilidades e desertificação.

O Secretário-Geral do PS espera voltar a Paredes de Coura e ao festival, já como Primeiro-ministro. António Costa esteve esta quinta-feira na ‘Vila do Rock’. Andou pelas ruas, cumprimentou os courenses e passou pelo Vodafone. “Quero ouvir The Legendary Tigerman”, disse à entrada para o restaurante “Abrigo do Taboão” onde jantou sopa de alho francês e espetada de polvo com camarão.
Já a refeição estava na reta final, quando António Costa decidiu vir até ao exterior cumprimentar mais uns jovens festivaleiros. Após as fotografias da praxe, o líder socialista ficou à conversa com a rádio Vale do Minho. Confessou desde logo um carinho especial por Paredes de Coura. “A experiência do ano passado foi boa. Este ano vai ser melhor. O ambiente é muito bom. Este é um grande momento de animação e capacidade de atração de pessoas para virem ver o Coura a Paredes de Coura”, disse com um sorriso.
Volvido precisamente um ano desde a primeira conversa com a Vale do Minho, o Secretário-Geral socialista mostrou de imediato a manutenção das mesmas ideias. Sobretudo no que toca aos tribunais. “Está previsto que o Conselho Superior de Magistratura conclua a avaliação desta reforma e que em função disso façam alterações. Mas, independentemente da revisão do mapa judicial, há um princípio fundamental que deve ser estabelecido: em cada concelho devem ser feitos os julgamentos que dizem respeito à vida das pessoas nesses concelhos”, defendeu. “Mesmo nos concelhos onde anteriormente não existiam comarcas devem existir julgamentos. Para haver julgamentos precisamos de uma sala que tenha dignidade, segurança e condições. Não conheço nenhum concelho do país que não tenha estas condições. A justiça serve para restabelecer a paz social. Deve ser feita onde essa paz social foi quebrada”.
Paredes de Coura é também um concelho que muito se tem queixado de más acessibilidades. No passado mês de Março, recorde-se, um grupo de empresários, com o apoio da Câmara Municipal, enviou ao Governo uma carta aberta na qual exigem melhores acessos rodoviários às zonas industriais do concelho. Nesse mesmo mês, o deputado socialista na Assembleia da Repúbica Jorge Fão mostrou-se convencido de que o Governo não encontra qualquer desculpa para aquilo que o PS considera más acessibilidades às zonas industriais courenses. Sobre esta questão, António Costa lembrou que “temos de sincronizar o programa de obras públicas com o planeamento dos fundos comunitários. Há aquilo que é possível fazer nos próximos anos e que tem a ver com o que o atual Governo já negociou nesta matéria. Temos de nos concentrar em planear o ciclo comunitário seguinte 2020-2027. Há alguma margem de reprogramação daqui até 2020, mas temos de partir daquilo que foi negociado pelo atual Governo”, esclareceu Costa. “Não é possível a cada Governo que chegue deitar abaixo tudo o que o Governo anterior deixou. Aquilo que foi acordado tem de ser executado com a margem de reprogramação que for possível fazer”, acrescentou.
A desertificação tem sido uma das maiores ‘dores de cabeça’ do Alto Minho Interior. Paredes de Coura não foge à regra. Em 2013, de acordo com dados do INE, a população já estava abaixo dos 9 mil habitantes (8991). António Costa garantiu à Vale do Minho que a recessão demográfica está na agenda dos socialistas “e o primeiro bom sinal que o PS deu foi ter mobilizado para cabeça-de-lista no distrito de Viana do Castelo um dos filhos desta terra, que tinha partido e que agora regressa”.
Tiago Rodrigues, recorde-se, lidera a lista do PS pelo distrito nas próximas eleições legislativas. É doutorado em Bioquímica, na especialidade de Biofísica Molecular. Entre outros cargos, é investigador do Consejo Superior de Investigaciones Cientificas de Madrid; investigador de bioquímica e neurociências na Universidade de Cambridge. Foi vencedor do Prémio António Xavier, em 2009.

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