Antevisão à jornada de 9/10 de Abril

A malha começa a estreitar e é chegada a altura de as equipas acelerarem para a entrada nas melhores posições no funil da meta, de modo a poderem ultrapassá-la em primeiro lugar, ou seja, está a aproximar-se o momento de definição dos campeões e, inversamente, dos últimos a cortar a meta para rumarem a outras competições de escalões inferiores, quando eles existem. Cada fim-de-semana que se aproxima e cumpre é um “metro” a menos distante da meta final.
Na principal divisão vianense, faltam seis etapas para conclusão e o Ponte da Barca é o mais sério candidato a cortá-la em primeiro lugar, mas sente ainda a sombra do Cerveira, embora a uns sete “passos”.
Jogarão nas proximidades e mesmo em contrastes decidirão a entrada definitiva, sendo mesmo o mais certo a manutenção das distâncias. Enquanto os líderes viajam até Lanheses, um campo tradicionalmente difícil, mas que os da Nóbrega esperam ultrapassar sem fraquejar, os da vila das artes rumam ali perto às terras de Moreira do Lima, provavelmente para assistirem à consumação matemática da queda dos anfitriões. O terceiro classificado, Atlético dos Arcos, tentará segurar o lugar com a recepção ao Vitorino de Piães, embora os forasteiros ainda possam sonhar com esse lugar de bronze.
Pelo fundo e praticamente sentenciada a despromoção do Moreira do Lima, há jogo de importância máxima em Campos com a visita do Paçô, um encontro altamente decisivo para os arcuenses e simultaneamente poderá servir de salvação aos locais, embora o risco destes seja diminuto. Outrossim, ainda metido nestas andanças está Vila Franca que será anfitrião de Correlhã, com os cornelianos quiçá mais interessados na Taça, daí podendo aproveitar os das “rosas” para afastar alguns espinhos de aflição.
Restam três encontros para cumprir calendário, mas ainda rodeados de interesse, mormente um Courense/Desportivo de Monção, por se tratar dum “clássico”, como um Chafé/Castelense, por ser um dos mais conceituados e ansiados dérbis, independentemente das circunstâncias, finalizando com o Valenciano/Vila Fria, que mais não seja para os raianos se desforrarem do desaire da primeira volta.
A divisão secundária terá jornada despida da presença dos dois dianteiros, porquanto o líder Arcozelo já disputou a partida da ronda, tal como o Távora, ambos com “chapa cinco” perante Gandra e Ancorense, pelo que as atenções maiores recairão nos desafios de Âncora Praia e Bertiandos, ambos perante conterrâneos seus, pois os das Lagoas têm deslocação a Anais enquanto os homens da praia de Âncora fazem honras de recepção ao Lanhelas. Não terão vida facilitada, uns e outros, mas não se duvidará do empenho total na continuidade à luta pela promoção, quanto são sabedores de dois triunfos do Távora, na mesma semana: um, no jogo disputado em casa, perante o Ancorense; outro, na Secretaria, pois foi transformado o empate em Viana, frente ao Vianense B, em derrota deste conjunto e, consequentemente, em mais dois pontos aos tavorenses, alargando, à condição, o fosso para sete ao par seguidor.
Cá pelos nossos meandros, o Melgacense receberá o Fachense e deverá, no mínimo, tentar a o triunfo até para não permitir, em definitivo, que os limianos conquistem um lugar superior na tabela, o que acontecerá se vierem a ganhar o encontro, ao passo que Raianos, após vitória preciosa na capital do distrito, tentarão novo triunfo em casa da lanterna vermelha, Castanheira, restando Moreira/Longos Vales, o duelo entre penúltimos na tabela, com os sanjoaninos em chicotada psicológica e ambos em definição final dos respectivos lugares.
Falta menção a dois encontros entre conjuntos vianenses, também bem próximos na tabela, e, por isso, dois dérbis só por esse facto já suficientes em importância, ainda que desprovidos de motivações extras: Cardielense/Perre e Vianense B /Darquense, ainda que este último em casa do forasteiro.
Passemos aos nacionais, com início por Portugal Prio e por esse dérbi escaldante entre Vianense e Neves. As contas serão complicadas com qualquer desfecho, pois se os pontos ficarem em casa deverão significar a condenação dos forasteiros e em caso inverso uma tremenda aflição para ambos, que poderá adensar-se em caso de triunfo do Camacha na sua recepção ao Mirandela. Vinha a calhar uma ajuda transmontana nesse desafio na Madeira, tal como outra vinda de Pedras Salgadas impondo mais uma derrota à lanterna vermelha, Argozelo, pois os “mineiros” jamais escapariam à despromoção. Resta o encontro entre Limianos e Marítimo B, onde os locais jogarão uma parte significativa da sua sustentabilidade nacional, embora não seja daqueles ditos de vida ou morte.
Na série de subidas. Fafe/Vizela poderá ser jogo-chave da competição. Invicto e com cinco jogos fora e três apenas em casa, os fafenses terão nesta partida um importante ponto de partida para consumar o objectivo subida, que não enjeitarão, de todo, com outro resultado. O Estarreja joga também cartada importante em Vila Verde, antes de deslocação a Fafe, ao passo que Pedras Rubras/Gondomar, tal como Bragança/Anadia, servirão, além do cumprimento de calendário, para definição dos lugares de fundo da tabela.
Solidário – é verdade- solidário é o termo mais adequado ao futebol profissional da II Liga e mormente à jornada do meio da semana. O líder Porto perdeu; o Chaves imitou-o; o Famalicão seguiu o mesmo caminho; Freamunde e Portimonense empataram-se e até o Feirense se ficou por um ponto caseiro. Assim, na dianteira, nada de novo e tudo como antes! E a partir de agora, que entramos quase na meia dúzia final? Bem, na próxima ronda, se continuar a solidariedade nada se alterará. O líder Porto B receberá a Covilhã, enquanto o Chaves fará o mesmo ao Ac. Viseu, jogando ainda o Famalicão em sua casa diante do Benfica B, que apesar da vitória em Marvila se mantém em posto de queda. Depois, no trio de perseguição, só o Freamunde voltará a ter honras caseiras em “hospedar” o Oriental, pois o Portimonense travará dérbi algarvio em Olhão, enquanto o Feirense terá deslocação a Penafiel. Se todos fizerem o mesmo resultado nada se alterará; porém, se algum deles divergir, negativamente, correrá riscos sérios de descolagem e quanto mais baixo estiver na tabela tanto pior. É uma “lapalissada”, mas nada como esperar para confirmar.
Eis-nos, finalmente, na Liga NOS, agora reduzida a dois pretendentes ao ceptro, ambos em acção na tarde/noite de Sábado, momento alto na jornada. Primeiro em Coimbra, em duelo de contrastes, pois os estudantes estão esfomeados de pontos para evitar a despromoção e a Águia necessitada deles para a tão desejada manutenção na liderança, porquanto o Sporting jogará logo de seguida na recepção ao Marítimo, cada qual na expectativa de escorregadela do outro. Eis um mano a mano empolgante, quem sabe se até á ronda final!
No jogo em Coimbra, como se disse, além da luta pelo título, há labuta pela manutenção, que começará na véspera, quando no Bessa se defrontarem Boavista/Arouca, podendo a Académica já entrar em campo em imperiosidade de ganhar, em sequência de pontos obtidos pelos donos da casa, e para não esperar pelo desfecho dum Tondela/União da Madeira, pois a “lotaria” do Dragão poderá não ter repetição e os madeirenses saltarem para a segurança, nesse caso fatal aos académicos, já que os de Tondela estão perdidos, de nada lhes valendo os três pontos conquistados em pleno estádio do F C Porto.
Por falar no Porto, que equipa teremos em Paços de Ferreira? Segundo o “Papa portista, “um Porto de pré-epoca”! Bem, o lugar europeu estará assegurado para os portistas, mas os pacenses depositam nesta partida a réstia final de esperança, embora Braga e Arouca estejam em posições bem mais propícias. Todavia, os arsenalistas, em esforço máximo pela ronda europeia, quiçá desta vez inglório, necessitam regresso às vitórias diante dos Cónegos de Moreira para não verem reduzido o pecúlio que os separa dos arouquenses, sendo que esta luta pela derradeira vaga tem no encerramento da jornada uma partida deveras importante: trata-se do Rio Ave/Guimarães. Quiçá pela tranquilidade, pautam-se as partidas Setúbal/Belenenses e ainda Nacional/Estoril.
A habitual pincelada de Hóquei é reportada aos oitavos da Taça, com o Valença HC voltando a receber um primodivisionário, no caso a Candelária do Pico. Não obstante tratar-se de emblema escalão superior, cremos que os valencianos possuem argumentos para afastar os açorianos. Benfica e Porto assumem favoritismo, pois o líder recepciona a Sanjoanense, embora o Dragão viaje até Almeirim para o confronto com os “Tigres”, destacando-se ainda um dérbi minhoto entre O C Barcelos e H C Braga e não deixando também de considerar um Carvalhos/Valongo, entre estatutos diferentes.
Os Torneios Extraordinários de Futsal apresentam-nos mais uma ronda onde sobressai em Seniores Femininos esse embate entre Soutelense e Limianos, bem como a expectativa em saber se, à entrada da segunda volta, terminam os empatas e alguém assume a liderança da prova. Têm a palavra Ponte Barca/Âncora Praia e Sá/Neiva.
Certamente teremos mais uma manhã animada e plena de encontros matinais de Sábado, com a ronda dois da segunda fase em Futebol de Sete, bem como uma tarde desse dia e uma manhã de Domingo, integralmente preenchidas, com a formação distrital e nacional, entre Torneios Extraordinários, cá pela área, e campeonatos de todos os escalões, quer a nível distrital, quer também nacional, onde arrancará a terceira e decisiva fase em Iniciados, não deixando de ter em conta um clássico, Porto/Benfica, em Juniores.
Por falar em clássico, em termos de informação desportiva não duvide que está com a clássica “rádio dos campeões”.