Antevisão à jornada de 23/24 de Abril

Estamos às portas dum fim-de-semana prolongado e de festa “política” motivado por uma excelente conquista. Será que as gentes de Ponte da Barca terão duplo motivo para festejar, plenamente, nesse dia 25 de Abril, juntando ao facto “político” a principal conquista, em termos desportivos, a nível associativo vianense?
Não é preciso muito para que isso aconteça – bastando, tão-somente, que a sua equipa sénior vença o encontro marcado para o campo do S C Courense, na tarde de Domingo. A motivação será enorme e o facto do feriado em Segunda-feira permitirá o prolongamento, sem “estragos”, dos festejos para que, de facto, tenhamos campeão na principal divisão vianense. Se tal não acontecer, ou seja, caso a Barca não vença em Coura, deverá ser, quando muito, uma questão de adiamento por uma semana, a não ser que Cerveira e Arcos se lembrassem, conjuntamente, de “entregar” o título aos da Nóbrega, não vencendo os seus encontros. No entanto, um e outro lutam pela “prata”, que garante acesso à Taça de Portugal e os arcuenses serão anfitriões de Correlhã, precisamente o semifinalista que encontrarão dentro de dias, ao passo que o Cerveira, após desaire caseiro, terá deslocação a Chafé, na expectativa de recuperar o espaço perdido.
Com ou sem campeão, a certeza é que também não teremos a consumação do segundo despromovido, independentemente do que venham a conseguir Vila Franca, no momento em lugar de queda, anfitrião do Desportivo de Monção, obrigado a vencer para não baixar a lugares totalmente inconciliáveis com o seu estatuto, ou Paçô, o ultrapassante na ronda anterior, em deslocação a Vitorino de Piães, campo difícil, embora os locais se sintam confortados no honroso quinto posto. Aliás, ainda nem há garantias que sejam ambos forçados a despromoção, embora o melhor seja prevenir!
No estrito cumprimento de calendário, o Valenciano tem deslocação ao despromovido Moreira do Lima, com “ameaças” de ser ultrapassado por mais que um emblema, enquanto o Campos procura sossego absoluto diante do Castelense, acabando Lanheses e Vila Fria a disputar um dérbi sempre interessante, ambos mais que tranquilos, apesar dos forasteiros poderem aspirar à subida na tabela, para um lugar verdadeiramente digno de honra.
Na jornada da divisão secundária, Arcozelo e Távora deverão dar mais um passo rumo aos objectivos traçados e ficar às portas de os concretizar, já que ambos jogarão em seus ambientes e perante adversários sem capacidade argumental para os travar. O líder Arcozelo festejará, em sua casa, a promoção, diante do vizinho e conterrâneo Anais, embora não consiga a festa do título, enquanto o Távora não deverá desaproveitar a recepção ao penúltimo classificado, Longos Vales, para angariar mais três pontos e colocar-se em “bicos de pés” para a tão almejada promoção. Certamente carregados de esperança na equipa sanjoanina estarão os dois últimos contendores em luta pelo que quase não passará de sonho e deixará mesmo de o ser para um ou ambos, em caso de empate – trata-se do Âncora Praia/Bertiandos.
E passando esta trilogia de jogos, em prova sem descidas, o interesse das restantes partidas torna-se diminuto, quando motivos extras não abundam. Não é o caso do Melgacense/Raianos, já que este dérbi tem sempre sabor especial, independentemente das posições, ou então um Vianense B /Lanhelas, quando ambos se encontram empatados na tabela e cada qual poderá saltar alguns degraus, numa situação perfeitamente idêntica ao Fachense/Ancorense, dois conjuntos em frustração pela “descolagem” do êxito em que se pautaram durante várias jornadas. Três encontros nivelados por lugares da meia de baixo e para elevar um pouco a auto estima, serão o Moreira/Darquense, com os “canarinhos” a tentarem segurar o antepenúltimo lugar, e ainda o Cardielense/Gandra ou o Castanheira/Perre, uma ocasião para os courenses se libertarem da lanterna vermelha.
Caminhando pelo Prio, o epicentro da jornada undécima, cá entre nós, centra-se na Madeira, mais propriamente na Camacha, onde o clube local e o Vianense jogam partida extremamente importante rumo ao futuro de cada um. Ao redor da linha de água, o vencedor conquistará uma lufada de ar fresco para o resto da caminhada; ao invés, o derrotado terá dificuldades em se libertar, minimamente, dos fantasmas dos “playoffs”, correndo inclusive riscos de despromoção directa. Alarmes soam bem alto na Madeira e em Pedras Salgadas, onde o Neves joga também a quota-parte elevada do seu futuro na prova, sendo que a vitória lhe permitirá aproveitar, em cheio, o duelo anterior. Já o Limianos poderá, nesta ronda, garantir a tranquilidade total e afundar os “mineiros” de Argozelo, deixando de serem menos uma preocupação, em caso de derrota no Cruzeiro.
Finalmente, Marítimo e Mirandela jogam pela tranquilidade e encerramento calmo da época.Na série de subidas, o líder Fafe dispõe de dupla oportunidade para alcançar objectivo: como anfitrião do Bragança, não pode perder a ocasião para manter a dianteira e espera extrair benefícios do duelo entre os imediatos, Estarreja/Vizela, cujo embate poderá afastar um deles ou distanciá-los ambos dos fafenses. Para o sossego pelos meandros da tabela, defrontam-se Vilaverdense/Gondomar, enquanto Pedras Rubras e Anadia decidirão ou tentarão afastar a posse da lanterna vermelha, que será para um deles.
Chegados ao futebol profissional, eis-nos entrados na fase do tudo ou nada, quer na II Liga quer em NOS, em que a escassa dúzia de pontos começa a ser fácil de lidar, em termos matemáticos. Estes, relativamente à jornada da II Liga, apenas poderão proporcionar a despromoção do Oriental, o que poderá acontecer mesmo vencendo o Leixões, que ambos poderão abraçar, embora possam deixar o Chaves a dois pontos de promoção, contanto que vença em Mafra, que também corre riscos de queda e simultaneamente o Freamunde não consiga vencer o Famalicão, que recebe, atrasando-se ambos e deixando terreno livre a Portimonense, anfitrião do Penafiel, que não pretenderá deixar passar oportunidade tão excelente para manter a posição privilegiada que possui. A liderança não será perdida pelo Porto B, antes poderá aproveitar a recepção ao Braga B para manter a vantagem, sendo ainda importante em menção o Benfica B/Guimarães B pois a Águia necessita pontos para sair do fosso e os vitorianos poderão ficar lá pelas proximidades.
Em NOS, o mano a mano, entre os rivais lisboetas, é cada vez mais veemente, pois qualquer escorregadela será fatal e a ronda vai ser intensa até ao último encontro, precisamente o Rio Ave/Benfica, que os encarnados deverão ser obrigados a vencer para recuperar a liderança, que, entretanto, o Sporting deverá conquistar no Sábado em Alvalade, diante de União da Madeira, equipa que também poderá entrar em campo em lugar de despromoção, caso a Académica, momentos antes tenha vencido o Porto, conjunto, de momento, sem qualquer objectivo nesta prova, a não ser a dignidade ou bater recordes negativos, bem como o Boavista conseguir vencer, esta noite no jogo de abertura, a turma do Belenenses, em convulsão interna. Seja como for, a dianteira continuará animada, tal como esta luta no fundo, da qual poderá saltar o Tondela, em deslocação a Setúbal caso queira confirmar o bom momento da Luz ou então complicar mais o esquema se os beirões prolongarem o longo jejum dos sadinos.
Na luta pela Europa, o Paços de Ferreira/Braga será um encontro/charneira para os castores, da qual se despedirão em caso de insucesso, sem riscos para os arsenalistas que dispõem de vantagem confortável, e mormente para o Arouca em deslocação ao Marítimo, que poderão aproveitar eventual percalço do Rio Ave diante do Benfica. Uma derradeira esperança também para o Estoril, em missão complicada no “castelo”, em Guimarães, embora os minhotos a nada mais aspirem senão um lugar mais honroso, havendo ainda um Nacional/Moreirense, com os Cónegos à procura de mais um ponto rumo à tranquilidade total.
Pincelamos agora as modalidades, iniciando pelo Hóquei, com o Valença H C a receber o Marco rumo à promoção, esperando manter-se vitorioso e desejando uma ajuda da Juventude Pacense na recepção ao Espinho, que seria preciosíssima, não se esperando surpresa no Riba D’Ave/Taipenses, embora mereça relevância o dérbi Póvoa/Famalicense. No campeonato principal, o Valongo/Benfica poderá animar um tanto a ronda, que contempla ainda a deslocação do Porto ao Pico, diante da Candelária em apuros, destacando-se ainda um Barcelos/Oliveirense bem como a deslocação da Juventude de Viana ao Sporting, dois jogos para definição do quinto posto.
Em Futsal, tudo converge para o fim de tarde de Sábado, em Freixo, nesse Neiva/Âncora Praia, jogo do título distrital em seniores masculinos, com enchente prevista, a ponto dos anfitriões aconselharem credenciação jornalística, aspecto que se regista com agrado.
O Futebol de Sete, além da longa maratona sabatina, terá “prolongamento” em vários encontros pela manhã de Segunda-feira, desenrolando-se por todo o fim-de-semana alongado mais uma ronda total na formação, distrital e nacional, com destaque aos Juniores A que, a nível distrital, terão a jornada na Segunda, para dar lugar na tarde de Sábado à final da Taça Distrital, cujo troféu partirá do Areal – o campo do Raianos que recebe esta “prenda” em primeiro ano de actividade – pelo menos até Cerveira, onde ficará se a turma da vila das artes conseguir a dobradinha ou prosseguirá até à capital, se for conquistada pelo Vianense, que até já nem participa em prova oficial que decorre.