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Desporto

Antevisão à jornada de 2/3 de Janeiro

1 Janeiro, 2016 - 12:22

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Saúde, paz, amor e riqueza desmedida não são exclusivamente votos dos desejos de entrada na nova era civil de dois mil e dezasseis. Os votos que lhes desejo são os três primeiros: saúde, paz e amor. A riqueza é uma certeza que, ironicamente, me atormenta e talvez nos venha a afligir. Dum momento ao outro, parece que afinal o “BANIF” (Bom Ano Novo Inteiramente Festivo) não trouxe problemas tormentosos, antes engenharias financeiras sólidas, firmes e robustas que constituirão a salvação económica dos nossos clubes desportivos. De centenas em centenas de milhões anunciados – pior, acordados – neste crescendo progressivo, acalenta-me a esperança que o meu clube chegue ao bilião e resta-nos a esperança no futuro da habilidade e arte nas pernas dos nossos descendentes.
Enfim, deixemos os monstruosos orçamentos que nos atormentarão, obviamente, e por enquanto, demos vivas ao novo ano na continuidade dos velhos hábitos das competições dentro das quatro linhas e das “jogadas” de bastidores e prolongamento das primeiras. E então o início de ano não poderia ser mais entusiástico. Passada quase a primeira ronda da Taça da Liga, já com um adeus pré – maturo do Dragão, num estádio onde a “paz” de Natal se fez notar com os símbolos adequados dos lenços brancos, eis a efervescência no ”clássico” de Alvalade a dominar os milhões. O Sporting/Porto já mexe há muito, terá noventa e tal minutos apenas, mas muitas horas para além do apito de Hugo Miguel ainda se continuarão a esgrimir argumentos injustificáveis dos insucessos, arrazoados viperinos do êxito, os comentários acesos dos “treinadores de bancada” e o “atiçar” de “bandeiras” laterais, com renascimento de expectativas. Uma coisa é certa: ainda em tempo de Natal, Jesus vai ser protagonista, faltando saber se terá também os presentes de Reis.
Por falar em “Reis”, quem tem que se acautelar com eles é o Benfica, pois viaja ao reduto dos “Conquistadores” de Guimarães, e poderá não ser beneficiado do embate no clássico se não fizer pela sua vida no “berço”. E para tornar a jornada ainda mais “sumarenta”, é ver o Braga em Setúbal, num verdadeiro duelo europeu que os pode aproximar ou baralhar ainda mais com aproximações de Paços de Ferreira e Rio Ave, favoritos nos embates caseiros diante de Belenenses, e da lanterna vermelha, Tondela que poderá arrastar-se ainda mais pela cauda da tabela. Trata-se, verdadeiramente, duma ronda impressionante na linha da Europa, à qual ainda aspiram Guimarães, apostado em travar o “voo da águia” e Arouca, em passagem de ano na Madeira, mas que não pode ser o mesmo de Portimão.
Dos três encontros em falta de menção, o Marítimo/Estoril assume contornos de equilíbrio, mesmo pontual, e o quarteto restante dominará a luta pela fuga aos lugares tenebrosos da tabela, com realce a Académica e Boavista a disporem do factor casa para se aproximarem de União da Madeira e Moreirense, respectivamente, ou vê-los em fuga e passarem a digladiarem-se para evitar a queda dum deles. É cedo ainda para todas as contas, mas as parcelas conseguidas serão as que valem para as contas finais.
E que dizer da II Liga que concluirá a primeira metade da prova? Campeão de inverno não está em causa, pois o Porto já assumiu esse título de honra e dispõe ainda de oportunidade diante do Guimarães para garantir os sete de distância, mas os lugares de promoção, esses têm embate de gigantes entre os dois actuais promovíveis Feirense e Chaves, na abertura matinal e dominical da ronda, com o Freamunde em espreita na recepção ao Benfica que tem andado mais pela metade inferior da tabela. Também pelos Algarves se espreitam os dois confrontos anteriores, mormente em Portimão com os locais na perspectiva de levarem o Varzim de vencida e entrarem na luta, mas ainda na capital onde o Gil Vicente tentará o mesmo objectivo diante do Farense. É claro que de permeio se encontram Sporting e Braga, que se defrontarão, mas sem interferir nos lugares a promover.
Voltando-nos agora cá para as nossas bandas, a principal divisão distrital entrará na segunda metade e logo com um trio de jogos de gabarito que poderão contribuir para adensar as emoções da prova ou quem sabe dissipá-las, quase por inteiro. Vejamos e pensemos no que poderá suceder com o líder Ponte da Barca na visita à Correlhã, para um reencontro oito dias depois. Se fosse em género a eliminar, os barquenses estariam mais confortáveis, podendo mesmo sair derrotados por margem mínima, mas como é campeonato, um empate que seja retira-lhe dois pontos. E se tal acontecer, que desempenho terá o Cerveira em Vitorino de Piães, num campo tradicionalmente difícil e onde apenas o Vila Fria passou incólume? A tarefa não está facilitada aos da vila das artes que, para tentarem manter a esperança, sentem necessidade de diminuir a desvantagem, tal como o Desportivo de Monção que prepara a recepção ao Atl. dos Arcos naquele que deverá ser o jogo charneira para ambos, ou seja, se algum ou ambos perderem pontos talvez hipotequem as hipóteses, mormente os arcuenses, mais atrasados na tabela.
Trata-se dum trio de jogos excepcionais para abertura de ano, numa ronda que contempla ainda a recepção do Courense à lanterna vermelha, Moreira do Lima, propício a tranquilizar courenses e afundar limianos, sendo que o Paçô, também em luta titânica pela manutenção fará hospedagem, ao Castelense, que, embora uns degraus acima, ainda não está completamente sossegado. Restam três dérbis, sempre interessantes até por essa “marca” mas também pelo que concentram de importância: Campos/Valenciano em polos opostos, embora a aspiração dos valencianos seja apenas a um dos últimos lugares do pódio, tal como um Chafé/Lanheses, onde os forasteiros lutam tenazmente pela fuga e ascensão na tabela, concluindo com o duelo das Vilas, desta vez a Franca a receber a Fria, ambas em águas mais tranquilas.
Na divisão secundária, espera-se a continuidade do passeio do Arcozelo, uma vez mais em seu território para travar o Vianense B e “despedir” esta equipa da luta e esperando até dividendos do Lanhelas/Távora, desejando que os caminhenses prossigam a boa campanha dos recentes jogos, sentimento partilhado pelos conterrâneos de Âncora Praia em recepção ao Cardielense, de quem não esperam facilidades mas aplicarão trunfos suficientes para os levarem de vencida.
O trio monçanense terá missões complicadas, incluindo o Raianos, único a jogar em casa, já que o adversário se chama Ancorense e vem “ferido” pela derrota caseira no dérbi. Todavia, os monçanenses ainda anseiam pela chegada ao pódio, sendo condição indispensável os três pontos nesta partida. Já Moreira e Longos Vales viajarão até às Lagoas de Bertiandos e Oliveiras de Darque, respectivamente, com conhecimento avalizado do que é jogar fora dos seus redutos e perante adversários credibilizados. Fora de portas estará ainda o Melgacense, em terras de S Martinho de Gandra, a recente “vítima” do Moreira, com intuito de arrecadar os pontos do jogo ou perder a possibilidade de lutar pelo segundo posto de promoção.
Na Cegonha, o Anais anseia manter o Castanheira na lanterna vermelha, o que Moreira agradecerá, enquanto em Perre, os locais terão que ter aplicação máxima para não serem desfeiteados pela sensação Fachense, um meteoro em ebulição e ascensão permanente nos últimos tempos.
Por Portugal Prio e na entrada da recta da meta intermédia, Vianense e Limianos recebem madeirenses na expectativa que ainda não tenham desgastado todas as energias da passagem de ano e consigam amealhar três pontos, que serão importantes para os Limianos diante da Camacha e imprescindíveis para o Vianense, que defronta o Marítimo que se encontra um degrau acima, urgindo inverter posições. Problema maior deverá ser para o Neves que, além da viagem longa ao nordeste transmontano, enfrentará o Bragança, tão-somente líder que espera carimbar o passaporte para a segurança, juntamente com o Vilaverdense, embora a equipa minhota tenha que se deslocar até às Pedras Salgadas em período de muita doçura. Boa notícia para os vianenses reside, por ora, no facto de nem Argozelo, no fundo, nem Mirandela, no topo, averbarem pontos pois já há muito os contabilizaram.
Pinceladas finais em início de ano, desde logo para confirmarmos a oficialização do campeão distrital de Iniciados Masculinos, em Basquetebol, ao quinto e derradeiro jogo entre C B Viana e B C Limiense, quiçá com a vantagem caseira nos vianenses que também já garantiram o título em Juniores A Masculinos.
No Futsal, a jornada dos distritais, em todos os escalões, proporcionará bons momentos aos adeptos embora não estejam escalados os chamados jogos de dimensão à campeão ou perspectivas de tal, ao passo que pelo nacional serão sempre interessantes os confrontos Benfica/Fundão ou Modicus/Sporting, para manutenção da luta acesa pelo vencedor da fase regular.
O Futebol de Sete marcará encontro matinal em Sábado, salvo duas excepções, para a disputa da jornada com esse mesmo número e, finalmente, pelo futebol de formação, convém salientar a arranque das segundas voltas nos três escalões distritais da primeira divisão: Iniciados, Juvenis e Juniores, com tudo em aberto e algumas lutas bem expectáveis. Já pelos nacionais e sem a presença dos Juniores, a penúltima ronda de Juvenis e Iniciados poderá trazer os dois emblemas que acompanharão o Braga rumo à segunda fase.
E será neste ritmo intensivo, acalorado, promissor e inflamado pelos números financeiros e pelos argumentos desportivos que arrancará o novo ano. Para arranque não se poderá pedir mais. Certamente que o andamento e a passagem dos dias não trarão menores emoções, ao longo dos trezentos e sessenta e cinco mais um dias que o compõem, pois é bissexto, o que não deixa de ser equívoco histórico.

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