Antevisão à jornada de 14/15 de Novembro

Começo por citar um ditado popular, um tanto já gasto, “de pequenino se torce o pepino”, para, através dele, saudar a miudagem, o surgimento da maratona do Futebol de Sete e, mais que expressar o gosto enorme em vos poder voltar a ver em acção, manifestar o desejo e convicção que a douta “sentença” – “de pequenino se torce o pepino” – seja cumprida, ou seja, que o espírito dos vossos encontros seja verdadeiramente para formação, pois serão os bons costumes ora aprendidos que devereis utilizar em futuro tal como os “vícios” e defeitos ora introduzidos vos não largarão pelos tempos e serão sempre impeditivos do sucesso. Sejam bem-vindas as oitenta e oito equipas – belo número – para os quarenta e três jogos semanais, com tantos dérbis em todas as zonas, que provocam ainda mais motivação aos pais e assistentes. Duas séries de nove equipas, em Benjamins 2006, três com dez conjuntos, em Benjamins e quatro séries, igualmente de dez, em Infantis, constituirão esta fase até meados de Março. Prometemos acompanhá-los na máxima medida possível e viável.
A nossa divisão principal vianense disputará a décima ronda, ou seja, salvo os poucos jogos em atraso, cumpre-se o primeiro terço do campeonato, significa que os conjuntos já se conhecem, os estudos terminam e as facilidades cessam, mormente para os pretendentes ao “trono” ou os que teimam não cair no “abismo”.
Desportivo de Monção e Ponte da Barca defendem a liderança em suas casas, mas os de Deuladeu, diante do bem posicionado e sempre difícil Courense, obrigam-se a inverter o ritmo dos dois últimos resultados e concretamente do empate cedido em casa frente ao Lanheses que se desloca, precisamente, a Ponte da Barca. O deslize de qualquer dos dois emblemas anfitriões confere, de imediato, o “trono” ao outro, a não ser que surja imprevisível hecatombe de ambos, em que o próprio Courense poderia ser “rei” ou minimamente parceiro, tendo em conta a deslocação do Chafé ali ao lado, ao vizinho e rival maior, ao Castelense, num dos jogos de maior emoção e provável intensidade da jornada.
Este trio de jogos define a liderança, mas há mais – praticamente os restantes – para a sua aproximação, importantes para a seriação dos principais candidatos. Vitorino de Piães/Arcos é um deles, porque os locais “moram” num “patamar” alto e os arcuenses querem lá chegar depressa; Vila Fria/Valenciano e Cerveira/Moreira de Lima são mais dois, com os da ribeira Minho nessa ânsia de topo, mas os adversários ocupam os dois lugares de despromoção e querem evitá-los a todo o custo, mormente os vilafrigidenses que disfrutam do prazer caseiro para complicar a vida aos raianos; Correlhã/Vila Franca, entre dois próximos, mormente por mais uma tentativa dos cornelianos, algo perdulários na época em contraste com a boa performance dos da terra das rosas. Fora deste leque, quiçá o Paçô/Campos, com os arcuenses em dificuldades para sair da beira do precipício e os cerveirenses à procura de tranquilidade ainda maior. Em suma, jornada, deveras, ansiada.
Pela distrital secundária, não obstante o líder Ancorense se deslocar a Bertiandos, procurando conseguir vingar a ideia que as Lagoas serão “pechincha” para homens do mar, sobretudo os que têm “Âncora”, o cartaz da ronda centra-se em Melgaço, com os seguidores de Inês Negra em recepção ao Távora, um confronto que os anfitriões não poderão perder sob pena de descolagem e os arcuenses querem ganhar para continuar no pódio, isto com o Arcozelo na mesma luta a seguir o rumo dos acontecimentos enquanto tenta, no seu “habitat”, travar o percurso mediano do Lanhelas, em época mais positiva que a anterior.
O trio monçanense tem, individualmente e no conjunto, mais uma oportunidade de mostrarem o seu valor e capacidade, com o Raianos, em mudança de comando técnico, uma vez mais em casa pela permuta do jogo com o Vianense, a tentar recuperar o seu estatuto, obrigando-se a inverter e não continuar o esbanjamento de pontos, o Longos Vales em situação de conseguir o primeiro triunfo na deslocação a Castanheira e o Moreira a dispor também da sua melhor oportunidade caseira para conseguir saborear uma vitória diante do Fachense.
Restam três desafios interessantes até pela rivalidade que os caracterizam: um dérbi limiano entre o sensacional Anais em recepção ao Gandra, com favoritismo local, que os dérbis nem sempre confirmam; outro vianense, entre Cardielense e Darquense, de margens opostas, mas de proximidade geográfica e pontual; um terceiro misto, entre Âncora Praia e Perre, com o regressado mais atrevido, mas os vianenses não podem hipotecar mais, sob pena de os lugares da frente passarem a miragem. Em suma, jornada entusiasmante.
Em Portugal Prio, assistiremos à partida para a segunda metade da primeira etapa, em busca de dois lugares dourados. Os quatro melhor posicionados para esse par começam a selecção entre si em género playoff, ou seja, primeiro/quarto e segundo/terceiro, a ponto que qualquer deles poderá chegar em primeiro mas não é possível empate total nos pontos. Daí a maravilha de desfrutarmos dum Limianos/Bragança, que até poderá levar os alto minhotos á liderança, acontecendo somente em caso de triunfo, contanto que Mirandela e Vilaverdense se decidissem pelo empate, que nem é de qualquer forma inviável.
Sem dúvida, dois embates de gala, mas não menos interessará o Vianense/Pedras Salgadas, já que a necessidade obriga os da capital a não desperdiçar pontos em casa, para também não permitir o avanço dos transmontanos, beneficiando-se a si e ao conterrâneo Neves que se desloca à Ilha para defrontar o Marítimo, devendo minimamente empatar para não ser ultrapassado pelo anfitrião. A ronda contempla ainda a “Liga dos últimos” com Camacha em recepção aos “mineiros” de Argozelo, “equipados” de vermelho, pela posição.
O futebol profissional terá expressão diminuta, dados os confrontos da selecção, mas, ainda assim, Aves e Portimonense ou Freamunde poderão colocar-se em postos de promoção, por antecipação dos seus jogos, embora a qualidade de forasteiros dos dois primeiros não lhe indicie tarefas fáceis. Aliás, os algarvios vêm mesmo até Freamunde, apenas um degrau abaixo, com ambos empenhados no mesmo lugar, pelo que o duelo será de grau elevado, na tarde de Domingo, em simultâneo com a actuação das Aves na Póvoa de Varzim.
Em complemento e para acerto de calendário, Olhanense e Mafra disputarão, entre si, a possibilidade de saltar alguns “furos” e fugir do precipício, jogando ainda para essa mesma hipótese o Leixões, na recepção ao Farense, tal como a Covilhã na deslocação a Famalicão.
Já agora e para depois não terem problemas de voos, Feirense e Marítimo terão honras de abertura da fase terceira da Liga CTT, a taça que mais vezes muda de nome para se tornar mais apetecível.
Nas usuais pinceladas, frisemos o Hóquei em Patins com a “prova de fogo” do Valença H C na sua “hospedagem” ao líder Espinho, num teste mais consentâneo à medição dos propósitos valencianos, em ronda marcada também por um Riba D’Ave/Juv. Pacense ou ainda um Carvalhos/Famalicense. Na competição principal, apesar dum clássico Porto/Sporting, não tão mediático e intensivo quanto em futebol, a ronda prevê-se favorável aos principais candidatos, todos em seus domínios, com o Benfica em recebimento da Candelária, a Oliveirense ao Braga, pautando-se por maior equilíbrio um Valongo/Barcelos.Com os campeonatos distritais da formação de regresso após a pausa das Taças, bem como os nacionais em Iniciados e Juvenis, também o Basquetebol continuará a proporcionar aos jovens de ambos os sexos o “tiro ao
Finalizando pelo Futsal, em mais uma jornada de animação, o destaque vai, uma vez mais, para as seniores femininas com mais um duelo de titãs, o Soutelense/Limianos, como que decisivo para as vianenses já derrotadas pelo Castanheira e primeiro grande teste ao Limianos neste duelo a três. Pelo nacional e com adiamento do Benfica/Gualtar, o Sporting reúne favoritismo total caseiro diante do Lombos, residindo o interesse maior na partida do Fundão com a recepção ao Braga.
Resta-lhes seleccionar o melhor e mais conveniente e desfrutar do prazer pela visão da prática desportiva.