Antevisão à jornada de 11/12 de Outubro

Embora este memorando se reporte à antevisão do fim-de-semana, a verdade é que o fenómeno desportivo se prolongará para além desse espaço temporal, tendo em linha de conta a participação da selecção nacional no compromisso Europeu, agora sob “batuta” de Fernando Santos, ignorando-se apenas se de forma directa ou por interposta pessoa. Não duvidamos que as atenções se concentrarão já na noite de Sábado para o “Stade de France”, pois para um França/Portugal, ainda que a “feijões”, como se diz na gíria futebolística, convergem sempre os holofotes, deles, nossos e dos nossos emigrantes, e mais numa altura em que se apresenta uma renovada equipa, onde até se inclui um lote de “arrependidos”. Mas este encontro apenas poderá servir para ilações ou quando muito dar um “sinal” do que poderemos vir a fazer na Terça-feira, em terras dinamarquesas, aí sim, “a doer” e para ver se fugimos ao “golpe de morte” ou pelo menos não continuamos, como hábito, ligados à máquina (calculadora).
Nestas partidas, estaremos todos em acordo e em sintonia com os objectivos, comuns e num único sentido rumo aos triunfos. Cessem, pelo menos neste período, os “incendiários” e as “carpideiras” que por aí já propagam como pirómanos desse fenómeno tão belo e bonito, que, ironicamente, tratam por “futebol”. Puxa!
Bom, mas pelo facto de jogar o clube de todos nós, que obriga à paragem dos campeonatos do futebol profissional, salvo algumas excepções para acerto de calendário da II Liga, não pensemos que as emoções próprias de cada fim-de-semana andarão arredadas do nosso habitual frenesim. Bem pelo contrário.
Na primeira distrital, a dupla de líderes jogará perante o seu público, pelo que terá mais perspectivas de manter esse estatuto. Porém, o Desportivo de Monção tem um dérbi pela frente, diante do vizinho Melgacense, equipa que continua à espera de se afirmar, pelo que as cautelas são sempre necessárias e a surpresa surge de forma impensável e os arcuenses terão que se haver com um clube tão incómodo como é o Vitorino de Piães, conjunto habituado a complicar as tarefas e “pregar partidas” aos anfitriões.
Há que atentar ainda que os limianos se encontram a um escasso ponto do par da dianteira, pelo que a sua ascensão ao topo estará nos seus horizontes, tal como andará pelos anseios da Barca, Valenciano e Lanheses. Deste trio, apenas a equipa barquense joga no seu reduto e perante a turma da Correlhã, num encontro em que a final da Taça ainda paira no ar e a desforra será motivação extra para os locais. O Valenciano vai de abalada até ao pelado de Vila Fria, pelo que facilidades não serão esperadas para os raianos, pois os vilafrigidenses não são pera doce no seu recinto e o Lanheses, embora a curta distância, viaja até ao promovido Perre, que ainda não saboreou a vitória e começa a preocupar-se com isso.
Foquemos agora dois jogos de rotação já elevada aos quatro contendores, conquanto as prestações têm ficado um pouco aquém das suas perspectivas e novo desaire ou meio que seja tornarão as tarefas mais complicadas: são os casos de Castelense/Arcos e Campos/Neves, mormente para os anfitriões que ainda não foram além de dois empates, mas também para os forasteiros que ainda não conseguiram vencer fora dos seus ambientes.
Concluímos com o Courense/Moreira do Lima, num encontro de favoritismo para os locais, enquanto os visitantes ainda se encontram em busca do primeiro ponto.
Passando para a divisão secundária, surge-nos à cabeça da ronda o encontro do líder no Monte Aval. Távora/Raianos é o jogo da jornada e a primeira “prova de fogo” para os monçanenses, espaçados que se encontram por dois pontos e consequente possibilidade de permuta de posições. Atentamente ao desenrolar desta partida estará a turma de Vila Franca em viagem até S. Martinho, onde o Gandra vai tentar não repetir o resultado do encontro com Raianos, mas a turma das “rosas” espreita, avidamente, a chegada à frente.
Dois jogos de alto gabarito nesta ronda, é certo, mas o Moreira/Chafé surge quase no mesmo patamar, com os dois conjuntos ainda imbatíveis, pelo que se trata dum duplo teste, podendo, quando muito, o Moreira valer-se do factor casa, sempre importante, quiçá mais habituado ao sintético que o seu rival.
Aparece-nos ainda um trio de partidas pautadas pelo possível equilíbrio entre elas, não só no que vem sendo habitual de épocas anteriores, como pelo momento presente, com qualquer resultado viável e sem qualquer estranheza no que vier a surgir, salvo algum desnivelamento abrupto: Caminha/Vianense B, Ancorense/Arcozelo ou Darquense/Fachense, podem ser medidos pelos mesmos tons, admitindo apenas algum pendor aos anfitriões, apenas por esse motivo.
Fechamos com dois jogos de tendência à disputa dos lugares do fundo da tabela, pois neles se inclui o trio dos que não foram ainda capazes de alcançar pontos. Dentre eles, o Lanhelas tem tarefa complicada já que, embora visitado, defronta a turma do Bertiandos, mas a verdade é que os lanhelenses não poderão adiar, indefinidamente, o triunfo tanto esperado e, além disso, mudaram de timoneiro, factor sempre aliciante. Por sua vez, as Águias do Souto recebem o Castanheira, pelo que ou se empatam e continuarão irmanados na “mó de baixo” ou um deles vai continuar com o travo amargo de derrotas, na cauda, vendo o parceiro escapar-se-lhe.
A emoção do fim-de-semana mantém-se ainda pelo nacional de seniores onde a cabeça de cartaz se situará em Fafe, com o líder a fazer honras de recepção ao Vianense, com a equipa da capital em série menos produtiva e os fafenses a manifestarem ensejo de não perder o trono. Jogo deveras emotivo, mas não o será menos o dérbi transmontano entre o Mirandela na sua recepção aos vizinhos de Pedras Salgadas, quase em situação de empate técnico, como também pautado por equilíbrio se antevê o Limianos/Vilaverdense, num dérbi, já interessante só por esse aspecto, mas acrescido de entusiasmo pelo empate pontual entre ambos, com cada qual a tentar fugir o mais depressa possível aos lugares incómodos da meia de baixo.
O Cerveira, após um trio de empates, volta ao Rafael Pedreira até onde virá Santa Maria, mais fragilizado que em épocas anteriores, num jogo em que a turma da vila das artes terá que fazer pela vida, já que é daqueles do “seu” campeonato em que os pontos caseiros não podem ser desperdiçados. Finalmente, o Bragança à espreita de subir na tabela, já que os que se encontram ao redor se defrontam entre si, e o facto de ser anfitrião da lanterna vermelha, Vieira, ainda sem qualquer ponto nem golo, lhe parecerá motivação extra para não desperdiçar os três pontos, embora os forasteiros não possam prolongar esse “calvário” pelo tempo fora.
A nossa pincelada final vai hoje para dois passos: primeiro, uma saudação ao Basquetebol distrital, que chega com os masculinos, quer em Cadetes quer em Juniores e, brevemente, em Iniciados. As primeiras impressões não são indiciadoras de expansão da modalidade, antes tendem a limitá-la cá pelas nossas bandas, mas em todo o caso, aproveitemos o que nos é proposto.
Concluímos pelas outras duas modalidades – futsal e hóquei. Na primeira, muita animação cá pelos distritais, apesar de não se encontrar agendado qualquer daqueles jogos “bombásticos, salientando pelo nacional o encontro Sporting/Porto Salvo com o alvo de abater os leões em mira. Nos stiques, pausa por calendário para o “nosso” Valença HC, que possibilitará avanço pontual de alguns adversários, excepção ao Braga que já “baqueou” e Espinho, sendo certo que também esses terão a sua paragem. Já as “sticadas” mais famosas nos apresentam alguns “menus” deveras interessantes, como seja, a recepção dos leões ao campeão Valongo, num verdadeiro teste ao ambos, a viagem algo perigosa da Juventude vianense a Turquel ou ainda um encontro, fabuloso nem que seja pela simbologias, dos “Tigres” a enfrentar o “Dragão”.
É óbvio que, em mais um fim-de-semana, não iremos ficar-nos pelas simbologias, mas tratar o desporto com a seriedade que ele merece.