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Vila Praia de Âncora

Âncora: Escola Primária acolheu reunião descentralizada do Executivo

30 Julho, 2016 - 10:50

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Presidente da Câmara considerou o espaço simbólico, por traduzir afinal uma vitória dos cidadãos e da autarquia, que juntos conseguiram não só manter o estabelecimento de ensino aberto, mas também a funcionar em pleno, com elevado número de alunos.

A Escola Primária de Âncora acolheu esta semana a segunda reunião pública descentralizada realizada na freguesia, um espaço que o presidente da Câmara, Miguel Alves, considerou simbólico, por traduzir afinal uma vitória dos cidadãos e da autarquia, que juntos conseguiram não só manter o estabelecimento de ensino aberto, mas também a funcionar em pleno, com elevado número de alunos. Esta foi uma reunião longa e bastante participada, com as intervenções da população a traduzirem as numerosas necessidades de uma freguesia que, afirmou o autarca local, António Brás, logo no início, foi “deixada para trás” durante muitos anos.
O presidente da Junta de Freguesia foi, como é habitual nestas intervenções, o primeiro a intervir. Saudou o Executivo pela iniciativa, realçando o trabalho conjunto e a confiança depositada na Junta. António Brás deu como exemplo a delegação de competências no caso do Largo da Igreja Paroquial, espaço degradado há muito tempo e que presentemente pode ser usufruído pela população e em segurança, porque, “a obra está feita”.
António Brás reivindicou um conjunto vasto de obras, lamentando que haja tanto por fazer na freguesia de Âncora que, na sua opinião, foi praticamente esquecida durante décadas, permanecendo sem estratégia. Das necessidades de intervenção elencadas, o autarca falou, entre outras, de melhorias na escola primária, área empresarial da Gelfa, Cividade, Forte do Cão e acessibilidades, apontando numerosas artérias da freguesia que carecem de melhoramento.
Na resposta, Miguel Alves disse que a Rua do Pinheiro Manso, apesar de não estar prevista no Plano Plurianual de Investimentos, poderá ser intervencionada, isto para além da Rua do Calçadão. O presidente da Câmara informou que a Rua da Bargiela, onde havia um compromisso de intervenção, está afinal em zona de reserva ecológica, o que inibe neste momento a Câmara. Quando o novo PDM entrar em vigor, este constrangimento deixará de existir, porém, para já, Miguel Alves aceita trocar o investimento previsto para a artéria pela Rua do Pinheiro Manso, se a Junta assim entender.
Em resposta também aos populares que intervieram na reunião, Miguel Alves lamentou o atraso da freguesia em termos de saneamento quando, como tinha sublinhado o cidadão Manuel da Silva Almeida, ficou com uma ETAR e com todas as consequências negativas a ela associadas, sem tirar qualquer partido.
O presidente explicou também que o Lugar da Igreja foi incluído na candidatura a fundos comunitários para a segunda fase do saneamento de Aspra, Viso e Currais, com um investimento previsto de 707 mil euros. Só a aprovação da candidatura permitirá executar a obra. Miguel Alves deixou clara esta condição e lembrou que a União Europeia considera “mal” – sublinhou – que que o investimento em saneamento em Portugal está consolidado. Caminha, no entanto, como sublinhou. tem ainda muitas carências a este nível, daí que que o valor das candidaturas apresentado seja de cerca de três milhões e euros.
Respondendo também a Agostinho Gomes, o presidente disse que hoje o maior desafio do concelho é precisamente saber para onde vai e definir uma estratégia. Esse passo será também dado com a entrada em vigor do novo PDM, que será em breve colocado em discussão pública. Apesar do trabalho deste Executivo para preparar e fazer aprovar o novo documento regulador do território, o passado é o passado e o PDM deveria ter sido revisto há uma década.
O empresário Agostinho Gomes foi, aliás, bastante assertivo na sua intervenção, dizendo em relação à freguesia de Âncora que “foi como que atraiçoada durante muitos anos”, refletindo hoje os problemas inerentes.
Além dos dois cidadãos a que já nos referimos, intervieram ainda Jorge Verde, sobre as dificuldades nas comunicações; Vítor Manuel Martins Lima, para abordar questões de segurança, designadamente o perigo de derrocada do muro da Quinta da Trindade sobre a Rua da Boavista (questão que levou Miguel Alves a enviar uma equipa da Câmara ao local); Emílio José Nogueira da Silva, que falou sobre o pavimento da Rua do Pinheiro Manso, e António Vieitas, que se referiu ao problema das águas pluviais da Rua de Cornedo e Largo Concheiro, local que o próprio presidente da Câmara visitou logo após a reunião.
Recorde-se que na primeira ronda das reuniões descentralizadas, a que decorreu em Âncora foi uma das mais participadas, nomeadamente no que respeita ao número de pessoas inscritas. Esta não fugiu à regra e, tendo-se iniciado cerca das 18h30, prolongou-se até perto das 21h00.
Estas sessões públicas descentralizadas são mais um instrumento de participação que os munícipes têm à disposição para dialogar diretamente com o executivo camarário. Integram a política de proximidade e permitem ao presidente e aos vereadores da Câmara Municipal ouvir, esclarecer e prestar contas da gestão municipal, contribuindo assim, na prática, para uma democracia local mais participativa.

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