Começou esta semana uma nova operação de dragagem na zona do Portinho de Vila Praia de Âncora tendo a Câmara procurado garantir, tal como já aconteceu no ano passado, que os trabalhos decorrerão sem prejuízo para a Duna dos Caldeirões e que os pescadores serão parte ativa no processo. Estes foram alguns dos temas focados na reunião que decorreu no local, durante a manhã de hoje, que contou com a participação de Carlos Miguel Arrais, subdiretor geral da Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Recursos Marítimos (dona da obra), do empreiteiro, da Junta de Freguesia, da Associação de Pescadores e da Câmara Municipal de Caminha, esta representada pelo vice-presidente, Guilherme Lagido.
A intervenção, que prevê a dragagem de 43 mil metros cúbicos de areia do Portinho de Vila Praia de Âncora, entre as cotas -1, -2 e -3, tem um prazo de duração previsto de 45 dias, embora com algumas interrupções (como aconteceu no dia de hoje), motivadas pelas condições atmosféricas e pelo estado do mar.
De realçar que as obras, da responsabilidade da Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Recursos Marítimos, decorrem nesta altura do ano devido a formalidades legais, relacionadas com prazos de concursos, conforme informação prestada pelo dono da obra.
Para a Câmara esta é no entanto uma obra importante, já que permitirá aos pescadores trabalhar, mas existem alguns aspetos que o Município quer ver salvaguardados. Desde logo, mantém-se a preocupação do Executivo quanto ao envolvimento dos próprios pescadores, cujo conhecimento prático é fundamental para um melhor desempenho da empresa a quem os trabalhos foram adjudicados. O Executivo quer impedir que se repitam erros do passado, em que as obras foram desenvolvidas sem se ouvir a opinião dos homens do mar, com os prejuízos conhecidos.
Outros assuntos que preocupam o Município dizem respeito ao local onde as areias serão depositadas, tendo ficado acordado que esse local será junto ao Forte do Cão, em Âncora. Recorde-se que foram realizadas há alguns meses intervenções importantes na Duna dos Caldeirões, na sequência do mau tempo que a destruiu e a Câmara quer garantir que não haverá agora outros danos. O vice-presidente da Câmara, Guilherme Lagido, teve oportunidade de comunicar todas estas questões ao subdiretor geral da Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Recursos Marítimos, assim como ao representante do empreiteiro.
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