Anafre distrital quer mais esclarecimentos sobre reforma administrativa. Secretário de Estado da Administração Local estará esta noite na cidade de distrito

A delegação distrital da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) vai marcar presença na conferência desta noite sobre a Reforma Administrativa e na qual estará o secretário de Estado da Administração Local, Paulo Simões Júlio. A delegação das freguesias do Alto Minho quer ouvir as explicações do governante sobre o recente Livro Verde divulgado na semana passada, mas também levantar algumas questões e dúvidas sobre a aplicação do documento. De acordo com Manuel Marques, o presidente da Anafre distrital, serão pedidos esclarecimentos sobre a classificação das freguesias, sobre os critérios que determinam quais as freguesias que se terão de associar e que benefícios serão retidos para as populações.
O responsável admite que existem "muitas preocupações" e confessa que há muitos presidentes de junta que não estão bem esclarecidos. Manuel Marques defende que o mais importante é que sejam ouvidos os autarcas locais, para se evitar conflitos junto da comunidade. Entretanto, o responsável confirma que estão a ser criadas comissões de acompanhamento, no âmbito da reestruturação administrativa.
De resto, a Anafre distital já começou a ronda pelos dez concelhos, nomeadamente em Caminha. A delegação quer ouvir os presidentes de junta sobre a reforma administrativa imposta pelo novo Executivo. De resto, a delegação vai marcar presença na conferência desta noite, em Viana do Castelo. A sessão, que vai contar com secretário de Estado da Administração Local, Paulo Simões Júlio, está agendada para as 21h30, numa unidade hoteleira da cidade.
Recorde-se que o Governo quer reduzir o actual número de freguesias, através da "aglomeração", dando origem à criação de "novas freguesias com maior dimensão e escala", mas tendo em conta as suas tipologias e "salvaguardando as especificidades territorais". Um dos principais objectivos desde documento é o de promover maior proximidade entre os cidadãos e os níveis de decisão, fomentando a descentralização administrativa.