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Melgaço

Alvarinho: Quintas de Melgaço contesta ‘teoria do consenso’

21 Janeiro, 2015 - 15:12

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Empresa considera que “o acordo alcançado na questão do Alvarinho não defende nem salvaguarda o interesse dos 530 produtores de uva da Sub-Região”.

A Quintas de Melgaço S.A, participante no grupo de trabalho convidado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) para negociar um eventual alargamento da zona de produção de vinho Alvarinho, considera que “o acordo alcançado na questão do Alvarinho não defende nem salvaguarda o interesse dos 530 produtores de uva da Sub-Região que representa”. Em nota de imprensa enviada às redações esta quarta-feira, a Quintas de Melgaço justifica desta forma o facto de não ter subscrito este acordo.
A decisão, refere a empresa, tomada a 21 de Dezembro em Assembleia-geral de accionistas, com uma votação esmagadora de 99,65% de votos contra, “deve-se principalmente ao facto de as propostas apresentadas, tanto na versão inicial como na final, não preverem qualquer medida de protecção ou compensação para os agricultores produtores de uva, relacionadas com as perdas previsíveis decorrentes da baixa do preço desta matéria prima”.
A empresa, de capital público e privado – 62% das acções pertencem, por doação, ao Município de Melgaço e 38% a pequenos accionistas, na sua esmagadora maioria produtores de uva – esteve presente na reunião de trabalho de 13 de Janeiro, “mas contesta veemente a teoria do consenso proclamada, não só porque não corresponde à realidade dos factos, dado que a Quintas de Melgaço efectivamente não subscreveu o acordo, como pelo crescente descontentamento verificado no terreno”.
Recorde-se que, com o já batizado de ‘acordo do Alvarinho’, está dada luz verde à liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Será um processo gradual, que decorrerá nos próximos seis anos. Os produtores de Monção e Melgaço vão receber, em contrapartida, três milhões de euros para promover os seus vinhos e marcas, também ao longo dos próximos seis anos. “Será criado um órgão próprio dentro da Região Demarcada que terá como missão gerir os três milhões de euros existentes para promover a marca Monção e Melgaço e será composto pelas empresas da região”, garantiram já os representantes dos produtores.
Entre os vários pontos do acordo assinado, destaca-se o selo de garantia próprio do qual vão dispor os vinhos de Monção e Melgaço. Foi também imposta uma regra de lealdade de concorrência à região dos Vinhos Verdes. Todos os lotes que mencionem a casta Alvarinho terão de conter 51% desta casta se for a primeira mencionada e 30% se for a segunda – este valor era de 0,1% até agora.

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