Alvarinho: Ministra da Agricultura garante que sub-região vai ter tempo para afirmar-se

O Governo vai dar tempo a Monção e Melgaço para promoverem a sub-região. A garantia foi dada esta tarde pela Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, a uma equipa liderada pelos presidentes de Câmara dos dois Muncicípios em audiência na Assembleia da República. “Disse-nos que haverá tempo para a região conversar sobre o interesse deste alargamento ou não. Tempo para a região entender-se entre si e tomar as decisões mais adequadas”, contou à Vale do Minho o presidente da Câmara de Melgaço à saída da reunião com a governante. Ainda de acordo com Manoel Batista, a ministra frisou que “o Governo vai manter-se atento relativemente a esta questão, auscultando as sensibilidades dos concelhos de Monção e Melgaço. Garantiu-nos que teremos tempo para afirmar-nos, para conversar, teremos tempo para fazer o ‘trabalho de casa’ que é necessário fazer ao nível da sub-região”.
Recorde-se que esta audiência foi marcada logo após o anúncio da decisão de alargamento da denominação exclusiva do Alvarinho a toda a Região dos Vinhos Verdes, aprovada em reunião da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), no passado dia 25 de Junho.
A comitiva minhota diz ter ficado satisfeita com a resposta de Assunção Cristas. A solução, salienta Manoel Batista, passará por promover o território. “O que temos de fazer agora, com a ajuda do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, é afirmar as especificidades do nosso território, que é claramente vínico. Tem de afirmar-se como um dos melhores territórios vínicos do mundo. Definir uma marca e passá-la para o país e para o mercado externo”, concluiu o autarca.
Refira-se que nesta comitiva estiveram também presentes o presidente da Associação de Produtores de Alvarinho (APA), o Grão-Mestre da Confraria do Alvarinho e ainda representantes das maiores empresas produtoras de Alvarinho dos dois concelhos.
A produção de vinho Alvarinho movimenta dois mil produtores e engarrafadores dos concelhos de Monção e Melgaço, num volume de faturação anual que ascende a 25 milhões de euros, sendo mesmo uma das uvas mais caras do país. São números da Associação de Produtores de Alvarinho que dizem ainda que a exportação de vinho alvarinho representa 10% do total das vendas anuais deste produto, sobretudo para mercados da América do Norte e Norte da Europa, além de outros países com forte presença de emigrantes portugueses como a França.