Alvarinho: Melgaço considera que acordo é prejudicial à sub-região

O presidente da Câmara de Melgaço considera que o Acordo do Alvarinho vai prejudicar a sub-região de Monção-Melgaço. Os produtores e comerciantes de Vinho Verde chegaram esta terça-feira a acordo quanto à liberalização do uso da designação Alvarinho para toda a Região Demarcada dos Vinhos Verdes. De acordo com o site Dinheiro Vivo, será um processo gradual, que decorrerá nos próximos seis anos. Os produtores de Monção e Melgaço vão receber, em contrapartida, três milhões de euros para promover os seus vinhos e marcas, também ao longo dos próximos seis anos. “O Município de Melgaço manteve sempre a posição do não absoluto ao alargamento da produção de vinho Alvarinho à região. Manteremos esse princípio”, sublinhou Manoel Batista à rádio Vale do Minho. “Não sei se terão tido neste acordo em consideração aquilo que é crucial que são os pequenos produtores de uva Alvarinha. É por esses que nós lutamos e é por isso que achamos que o alargamento poderá vir a prejudicar estes milhares de pequenos produtores”, acrescentou o edil.
Para o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), a quem coube acompanhar, em nome do Governo, as negociações dos últimos meses, o acordo obtido é “exigente”, mas também “justo e equilibrado”. O presidente da Câmara de Melgaço não pensa da mesma forma e insiste que este acordo “não vai defender os interesses da sub-região, dos nossos Municípios e das nossas economias”. De acordo com o site Dinheiro Vivo, ficou como definitiva a atribuição de um selo de garantia próprio que distinguirá estes vinhos dos restantes na rotulagem.
Recorde-se que cerca de 500 produtores de vinho Alvarinho marcaram presença esta terça-feira na manifestação que teve lugar no Porto, em frente à sede da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. O protesto contra o alargamento da produção do Alvarinho a toda a todos os concelhos desta comissão foi organizado pela Câmara de Melgaço.