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Monção

Alvarinho: Concelhia socialista e JS de Monção apontam mais de ‘uma mão cheia’ de erros

24 Fevereiro, 2015 - 08:42

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Estruturas enviaram comunicado conjunto à imprensa.

A Comissão Política Concelhia do PS Monção, em conjunto com a Juventude Socialista (JS) local, enviou um comunicado às redações onde apresenta mais de cinco erros cometidos durante as negociações relativas ao vinho Alvarinho decorridas recentemente. O documento começa por recordar que a 11 de Setembro de 2014, como resultado de uma queixa de um produtor fora da sub-região de Monção e Melgaço, a Comissão Europeia (CE) enviou uma carta com um pedido de informação ao Instituto de Vinha e do Vinho (IVV) em que refere que, da análise do caderno de especificações da denominação Vinho Verde Denominação de Origem Protegida (DOP), terá verificado que existe uma restrição da menção casta Alvarinho apenas a produtores da sub-região de Monção e Melgaço. “A Comissão Europeia, ao contrário do que vem a ser dito pelos “nossos” negociadores, não impôs nada a Portugal em geral, nem à sub-região de Monção e Melgaço, em particular. A Comissão Europeia apenas pediu esclarecimentos ao IVV sobre o motivo da restrição da menção casta alvarinho vinho verde apenas aos produtores da sub-região de Monção e Melgaço. Porquê é que os negociadores abriram mão de algo constituinte do nosso berço sem nenhuma imposição legal? Ficamos sem resposta”, lamentam as duas estruturas socialistas.
Segue-se o que dizem ser um “segundo erro” cometido. A concelhia socialista e a JS apontam o dedo ao Grupo de Trabalho Alvarinho, constituído pelo Presidente da Associação de Produtores de Alvarinho (APA), pelo Presidente da Adega Cooperativa e Regional de Monção, pelo Representante da PROVAM, por Anselmo Mendes, e pelo Presidente das Quintas de Melgaço. “Estes cinco representantes foram para uma negociação sem terem acesso ao documento oficial, enviado pela CE a Portugal. Parece-nos um amadorismo, negociar algo sem ter acesso ao documento oficial. Constatamos que a própria Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes não teve acesso ao documento oficial”, sublinham.
A terceira falha, para a concelhia e para os jovens socialistas, aparece de imediato. “Mesmo numa suposta imposição da CE, que repetimos continuamente (não houve imposição legal), quando estamos a falar de algo tão complexo como o direito comunitário, porque motivo os nossos negociadores não se fizeram acompanhar por um advogado especialista em direito comunitário?”, questionam.
O quarto erro cai sobre a Adega Cooperativa Regional de Monção. “Do nosso ponto de vista, seria fundamental que a Adega Cooperativa Regional de Monção tivesse reunido de forma extraordinária, tendo como ponto único a discussão do respetivo alargamento. É crucial que os viticultores sejam informados, e que todas as dúvidas que ainda hoje persistem, sejam esclarecidas”, defendem os socialistas. As duas estruturas sublinham ainda que “ao contrário do que foi escrito em grande parte da imprensa as Quintas de Melgaço não se abstiveram do acordo. O representante das Quintas de Melgaço, Pedro Soares, votou contra o acordo”.
Soma-se ainda, para os socialistas, uma sexta falha. “Nas negociações estavam cinco representantes da sub-região de Monção e Melgaço e cinco representantes de fora da sub-região. Seriam os cinco representantes da sub região de Monção e Melgaço contra o alargamento?!”, indagam as duas estruturas.
Em jeito de conclusão, o PS de Monção e a JS de Monção consideram que “este acordo não favorece os Viticultores e os Produtores/Engarrafadores da sub-região de Monção e Melgaço, levando a médio prazo ao abaixamento do preço da uva da casta alvarinho e ao abandono dos campos, principalmente dos pequenos viticultores dada a existência de micro parcelas de terreno, características da nossa sub-região, difíceis de trabalhar”.
Refira-se que este comunicado surge após o presidente da Câmara Municipal de Monção ter anunciado esta segunda-feira que vai reunir na próxima sexta-feira com o autarca de Melgaço no sentido de tentar “resolver clivagens” relativamente à questão do vinho Alvarinho. Um encontro que vai acontecer um dia antes da inauguração do Museu do Alvarinho, em Monção.

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