Seis alunos do 2º ano de Marketing e Comunicação Empresarial Pós-Laboral, na Escola Superior de Ciências Empresariais do IPVC, com sede em Valença, apresentaram publicamente, na quinta-feira, um trabalho inédito sobre a realidade deste concelho de fronteira, abordando diversas vertentes.
Denominada “ Valença hoje e perspetivas futuras”, trata-se da primeira auscultação ao mercado desenvolvida abertamente nesta escola, bem como à população valenciana.
Através da realização de 403 inquéritos, e de 14 entrevistas aprofundadas a naturais, residentes, ‘forasteiros’ e ‘saudosistas’ (entre eles o deputado do PSD Luis Campos Ferreira e o Professor Dr. Sampaio da Nóvoa), estudo concluiu que os valencianos consideram ter uma boa qualidade de vida no concelho e que existem potencialidades para dinamizar, das quais a Fortaleza que deve ser o porta-estandarte da cidade.
Pelo lado pessimista, e dada a atual conjuntura económico-financeira, está a empregabilidade, com uma grande percentagem dos inquiridos a considerar que existem poucas oportunidades de emprego e a não revelarem perspetivas de criação de novas empresas em Valença, e que há um fraco envolvimento da comunidade com as atividades culturais promovidas.
Apesar de ser um estudo académico, os estudantes envolvidos acreditam que podem dar um contributo para um melhor desenvolvimento do concelho. Por isso, e a partir de Setembro, a aposta do projeto final vai recair na elaboração de soluções para as lacunas detectadas.
Márcio Ferreira garante que esta pesquisa está “limpa”, no sentido de a prioridade ser a “total isenção e imparcialidade”.
De resto, este estudo permitiu ainda perceber que os valencianos não são “bairristas”, mas valorizam a sua terra, identificando-se.
As palavras que mais associam a Valença são: Muralha, Património, Fronteira e Localização, e acreditam que a Eurocidade deve ser um projeto de crescimento contínuo.
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