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O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) descartou – pelo menos para já – qualquer possibilidade de transferência de doentes do Hospital de Viana do Castelo para Vigo. Em nota enviada à Rádio Vale do Minho, a ULSAM diz “que não tem conhecimento oficial da situação relatada”.
Recorde-se que o presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Cuidados Intensivos, João Gouveia, referiu recentemente em entrevista ao jornal La Voz de Galicia que o cenário mais provável no Alto Minho é o da transferência de alguns utentes para Vigo, assim como outros hospitais fronteiriços da raia espanhola podem vir a receber doentes.
“O pedido de ajuda [a outros países] já começou, embora não de forma oficial, e tem toda a lógica que se faça isso porque é um processo que, a nível europeu, pode levar vários dias e a situação portuguesa não permite perder mais tempo”, referiu o responsável. “Seguramente que os de Viana do Castelo vão para Vigo, os de Bragança vão para Zamora e os do Alentejo podem ir para Badajoz ou Sevilha”, acrescentou João Gouveia citado pelo jornal O Minho.
Ora, em resposta às declarações de João Gouveia, o Conselho de Administração da ULSAM garantiu ainda que “até ao momento a ULSAM (Hospital de Santa Luzia) tem sido capaz de responder as necessidades de cuidados intensivos dos doentes críticos, não tendo sido necessário transferir doentes que exigem este nível de cuidados”.
O Alto Minho piora cada vez mais e está já muito próximo dos 4.000 casos ativos de COVID-19. São nesta altura 3.952 de acordo com o relatório epidemiológico da ULSAM emitido no passado domingo. Mais 20 mortos e 935 novos casos desde o anterior relatório datado de quarta-feira.
Em números totais, desde o início da pandemia, o Alto Minho segue com 12.668 casos confirmados, sendo que 3.952 estão ativos. Há 8.489 casos recuperados e 227 óbitos registados.
[Fotografia: Arquivo / DR]
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