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O Município de Paredes de Coura deu parecer negativo a qualquer prospeção/exploração de lítio ou outros minerais no concelho. Em sessão ordinária da Assembleia Municipal realizada esta quarta-feira, o presidente da Câmara divulgou a resposta dada pela edilidade à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
“Antes da atribuição dos direitos de aproveitamento de recursos geológicos, a DGEG solicitou à Câmara Municipal de Paredes de Coura pronúncia uma vez que esta é uma entidade competente no domínio da proteção ambiental e da gestão territorial”, introduziu o presidente da Câmara, Vítor Paulo Pereira (PS).
“Consideramos, após análise, que a vossa comunicação é lacónica e simplista uma vez que demarca a localização dos possíveis depósitos minerais, mas que não revela um nível de conhecimento existente sobre as várias jazidas nem apresenta um plano de viabilidade da exploração”, considera o Município courense. “E a situação ainda é mais incompreensível quando nem existe um pequeno estudo dos impactos ambientais decorrentes de uma possível exploração de lítio no nosso concelho”, aponta a edilidade.
Assim, o Município de Paredes de Coura considera “que este processo pronúncia deveria ser precedido de um processo de diálogo e informação entre as entidades existentes. O que lamentavelmente não aconteceu”, prosseguiu o presidente da Câmara. “A DGEG apenas pretende uma pronúncia para legitimar o cumprimento processual legal”.
“Pelo exposto, consideramos que todo este processo não presta informações precisas e não é leal e democrático. E como não assegura responsabilidade social e ambiental nem se coaduna com a estratégia de desenvolvimento do nosso concelho, a nossa resposta é NÃO”, concluiu Vítor Paulo Pereira.
Não se faça como foi feito á uns anos atrás na Freaguesia de Ferreira com uma pedereira que deu milhoes ao exploredores e aos da freguesia deu uma etrada em péssimas condições, felismente foram embora mas lá dixaram a frida na paisagem.
A posição do município de Paredes de Coura é justa e coerente! A exploração do lítio a céu aberto necessita de um caderno de encargos tão exigente e complexo que nenhum prospector estaria disposto a subscrever! Nestas condições, a prudência indica como acertada a recusa de licenciamento!