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Liliana Silva, deputada pelo PSD na Assembleia da República, desafiou esta quarta-feira o Município de Vila Nova de Cerveira a uma tomada de posição sobre uma eventual prospeção/exploração de lítio naquele concelho.
“Vila Nova de Cerveira está dentro da área para prospeção/exploração, e a passar ao lado da discussão sobre o tema. Covas, por exemplo, também tem elevada concentração de lítio”, alerta Liliana Silva em comunicado divulgado. “É importante que o Presidente da Câmara assuma uma posição acerca deste assunto”, considera.
Na mesma nota, Liliana Silva volta a insistir na importância de uma tomada de posição da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) sobre a matéria. “Não se entende como é que a CIM Alto Minho ainda não assumiu uma posição clara nesta matéria. A CIM tem que discutir este assunto no seu seio e emitir um parecer para a população, seja ele qual for”, sublinha.
“O Alto Minho é só um, não se pode aceitar que no lado da Peneda e do Soajo sejam contra, e bem, e não deixem delapidar o território e do outro não se importem e permitam que esventrem a Serra D’Arga à vontade”, defende Liliana Silva. “Temos que estar unidos na defesa de todo o Alto Minho. Exige-se uma tomada de posição por parte da CIM. Esta questão não é partidária, mas é política!”
“Não são só uns furinhos”
Mas a deputada vai mais longe e deixa recados a todos os que não se opõem a esta anunciada prospeção/exploração de lítio em território nacional. “Ouvir dizer que até nem são contra a prospeção porque isso são só uns furinhos, é no mínimo doloroso para quem tem defendido de alma e coração aquele território. É importante que se informem ou visitem o Barroso, por exemplo, e vão ver que esta prospeção, não são só uns furinhos“, refere.
Ao jeito pragmático habitual, Liliana Silva considera que “querer atenuar o impacto do problema alegando que depois da prospeção haverá um estudo de impacto ambiental antes de tomarem a decisão sobre a exploração é no mínimo surreal”. E passa a explicar. “A empresa vai prospectar, encontra concentrações de Lítio em quantidades rentáveis, e depois são elas próprias que fazem esse estudo de impacto ambiental para concorrerem à dita exploração”. “Convenhamos, que está mesmo a ver-se que estudo vai sair dali…”, finaliza.
[Fotografia: Screen AR Tv]
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