Realiza-se esta segunda-feira, no Parque Natural da Senhora da Cabeça, junto ao rio Minho, em Valença, o tradicional Lanço da Cruz.
De referir que esta cerimónia realiza-se sempre na segunda-feira imediatamente a seguir ao Domingo de Páscoa. Está integrada nas Festividades em Honra de Nª Srª da Cabeça, na União de Freguesias de Valença e Cristelo Côvo, naquele concelho.
Trata-se de uma tradição luso-galaica, com séculos de existência, que anualmente se repete no Parque Natural da Senhora da Cabeça, junto ao rio Minho. É ponto de confluência de milhares de peregrinos de todo o Noroeste Peninsular.
Ao entardecer, pelas 17h00, depois da visita pascal à freguesia de Cristelo-Côvo (Valença), o pároco, devidamente paramentado e com uma cruz ornamentada, entra num barco de pesca e dirige-se até à margem espanhola onde dá a cruz a beijar aos paroquianos da outra margem.
Entretanto com o pároco português regressa, no barco, o pároco de Sobrado – Torron, concelho de Tomiño (Galiza), dando a cruz a beijar aos peregrinos que aguardam junto ao rio, na margem portuguesa.
Várias embarcações portuguesas e galegas acompanham este compasso pascal, numa autêntica procissão fluvial, nas águas do Minho.
Carpinteira quer Lanço da Cruz elevado a Património Imaterial
Recorde-se que o presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, tem vindo a manifestar a intenção de ver o Lanço da Cruz elevado a Património Imaterial de Portugal e transfronteiriço.
“A Câmara Municipal de Valença, em parceria com a União de Freguesias de Arão, Cristelo Covo e Valença e a Paróquia de Cristelo Covo esta a trabalhar no sentido de classificar esta festividade como Património Imaterial Nacional”, refere o Município em nota divulgada.
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