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Alto Minho

Alto Minho: Este cometa verde vai passar por cá… e só volta daqui a 80 mil anos!

3 Dezembro, 2021 - 18:14

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Astronomia

Chama-se Leonard. É conhecido por cometa verde [desnecessário explicar porquê]. Avança o jornal O Minho que os portugueses vão poder vê-lo a olho nu durante este mês de dezembro.

 

Ainda mais espantoso, é que este corpo celeste só volta a passar daqui a cerca de 80 mil anos pelo sistema solar.

 

Este cometa, que entre os astrónomos tem também o nome de EC/2021A1, foi descoberto há relativamente pouco tempo. É um autêntico pedaço de gelo e poeiras espaciais cuja órbita ainda não é conhecida na totalidade.

 

Com a aproximação ao sol, e à semelhança do que acontece com outros cometas, uma das duas caudas do cometa irá começar a sublimar. A poeira resultante irá refletir o já afamado brilho e o tom esverdeado.

 

Ao jornal O Minho, Nuno Peixinho, investigador do Instituto de Astrofisica e Ciências do Espaço, realçou que este foi o primeiro (e talvez o único) cometa descoberto este ano de 2021.

 

Será possível ver a olho nu? Sim, se as condições atmosféricas forem favoráveis. Porém, diz Nuno Peixinho, nessa situação só será possível ver “um pontinho brilhante, menos brilhante do que uma estrela, mas com binóculos ou telescópio, e não precisa de ter muito alcance, já dá para ver bem”.

 

De acordo com o especialista, o Alto Minho vai ser uma das zonas do País para observar a passagem deste cometa pelo sistema solar.

 

Um dos locais ideais, referiu, é o Parque Nacional Peneda-Gerês.

 

“Ele está a passar perto da constelação dos Cães de Caça, e vai cruzar a de Boieiro, direito à Cabeça da Serpente, e depois, à constelação de Serpentário. Assim, se forem a um mapa do céu, já percebem onde vai passar”, disse o investigador.

 

“Até dia 12, máximo, ele consegue ver-se antes do nascer do sol, olhando para este. A partir de 14 vai-se ver logo a seguir ao por do sol, olhando para sudoeste. Ainda conseguimos ver. E vai fazer um percurso no céu que vai passar debaixo do planeta Vénus, que agora parece uma estela brilhante após o por do sol, e vai passar por baixo”, assegura Nuno Peixinho.

 

 

 

[Fotografia: Inverse]

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