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Águas do Alto Minho: Ministro lamenta “considerações miseráveis” de Emília Cerqueira

20 Maio, 2020 - 21:55

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PUB O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, lamentou aquilo a que chamou “considerações miseráveis” sobre a empresa Águas do Alto Minho (AdAM) feitas por Emília Cerqueira, deputada pelo […]

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O Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, lamentou aquilo a que chamou “considerações miseráveis” sobre a empresa Águas do Alto Minho (AdAM) feitas por Emília Cerqueira, deputada pelo PSD eleita por Viana do Castelo, durante a audição daquele governante realizada esta quarta-feira na Assembleia da República.

Na sua intervenção, Emília Cerqueira começou por lembrar que esta empresa apresentou como valores “o espírito de servir, a excelência, a integridade, a responsabilidade, o rigor e a transparência”. Ora, para a parlamentar, “as Águas do Alto Minho foram tudo menos isto”.

“O seu primeiro trimestre de atividade caraterizou-se pelas trapalhadas. Por erros grosseiros na faturação que levaram, inclusive, a que a DECO se pronunciasse sobre esta matéria e a que várias petições tenham surgido para que os milhares de consumidores afetados por esta situação vissem estes erros grosseiros – repito: grosseiríssimos – corrigidos”, disse Emília Cerqueira.

 

 

Em abril, recordou a deputada, a empresa suspendeu a faturação “para corrigir os erros, de tal maneira é essa a sua monta”. Ato contínuo, Emília Cerqueira lembrou que a AdAM é constituída com capital inteiramente público. “O que temos visto é uma administração ausente, completamente alheia a tudo o que se tem passado, nunca dando a cara”, atirou.

A parlamentar lançou então para a mesa o nome de Inês Mariana Lima Ferreira Alves. “O Senhor Ministro conhece muito bem porque tem estado a trabalhar em estreita colaboração consigo – ou por nomeações políticas ou funcionais desde pelo menos 2009”, prosseguiu. “E temos esta administradora executiva – a única executiva e remunerada – a ser uma ausência completa!“.

 

 

“Para quando a demissão desta administradora executiva? Para quando a correção destas desigualdades nas faturações?”, questionou.

 

“Não me recordo de ter ouvido a Senhora Deputada a pedir desculpa quando assinalou por engano a presença de outros colegas de bancada”

 

Na resposta, o Ministro do Ambiente fez fogo totalmente cerrado sobre a deputada social-democrata. Qualificou o discurso de Emília Cerqueira como “considerações miseráveis”. “Não me enganei na palavra! Miseráveis (…)”, frisou.

 

 

“Houve um erro de faturação nas Águas do Alto Minho. Esse erro foi reconhecido por quem dirige essa mesma empresa. Já foram emitidas notas de crédito depois desse erro de faturação. Seguidamente, serão feitas as faturas quando houver condições para poderem ser feitas”, explicou Matos Fernandes.

Mas o Ministro terminou a sua intervenção com um recado final à deputada do PSD.  “Quem nunca fez nada, nunca se enganou. Mas não me recordo de ter ouvido a Senhora Deputada a pedir desculpa quando assinalou por engano a presença de outros colegas de bancada na sala que cá não estavam!”, disparou Matos Fernandes. Burburinho imediato no hemiciclo. “É absolutamente inaceitável aquilo que aqui foi dito!”, concluiu em tom taxativo.

 

 

A AdAM, que começou a operar em janeiro, é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP) e em 49% por sete municípios do distrito de Viana do Castelo (Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.

 

 

[Fotografia: Screen AR TV]

 

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