Numa parceria com a Caixa de Crédito Agrícola Noroeste, a Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) vai disponibilizar, a partir da próxima semana, um milhão de euros de financiamento acessível para micro-crédito de pequenas e médias empresas da região, com um limite de 25 mil euros por cada uma. A revelação foi feita, esta segunda-feira à noite, em Viana do Castelo, durante o jantar-gala de comemoração dos 159 anos de existência da associação.
O presidente da estrutura, Luís Ceia, explicou que esta era "uma boa notícia" para os empresários do distrito, numa altura em que o acesso ao crédito bancário é cada vez mais difícil.
Perante a presença do secretário de Estado da Economia, António Almeida Henriques, o dirigente associativo apelou ao actual Governo para que não se esqueça da modernização da linha ferroviária do Minho e também dos impactos que a introdução de portagens nos restantes troços das ex-Scut vai provocar na economia da região. Luís Ceia garantiu que estes são os principais desafios da AEVC nos próximos tempos e dos quais não desiste.
Os apelos do presidente da associação empresarial vianense ao secretário de Estado da Economia não se ficaram por aqui. Luís Ceia pediu ao representante do executivo de Pedro Passos Coelho que olhasse para o comércio local "como um exempo a seguir".
Luís Ceia ressalvou que este sector é "actor principal", e que deve ser encetado um "combate à economia paralela".
A ligação de proximidade com a Galiza trambém foi destacada durante o jantar-gala da AEVC. Luís Ceia sublinhou uma dinâmica transfronteiriça de excelência, "única no país que é preciso consolidar".
De destacar ainda que Luís Ceia acaba de assumir a liderança do Conselho Empresarial dos Vales do Lima e Minho (CEVAL). O dirigente frisou um "grande passo" na união das associações empresariais do distrito, e cujo desafio passa por fomentar o empreendedorismo através da inovação e internacionalização.
Presente na comemoração dos 159 anos de existência da AEVC esteve o presidente de Câmara de Viana do Castelo. José Maria Costa também lançou um apelo ao secretário de Estado da Economia presente no jantar-gala. Pediu para que se aproveitem bem os fundos do QREN, e ainda medidas de diferenciação positivas para as empresas do Alto Minho, apoiando o empreendedorismo e a internacionalização.
O secretário de Estado da Economia referiu a importância dos fundos comunitários para o desenvolvimento das empresas. António Almeida Henriques anunciou que ainda há 15 milhões de euros para investir nos próximos quatro anos, mas que serão distribuídos de forma "criteriosa". Frisou que é necessário "focalizar" o QREN para as áreas dinamizadoras. Apesar de reconhecer que o tecido regional tem vindo a sofrer de algum atraso estrutural, o governante apontou como caminho o reforço das verbas do QREN para incentivar a economia do Alto Minho a encontrar o caminho para atravessar "estes tempos difíceis".
Os apelos das estruturas associativas e autárquicas ao Governo de Pedro Passos Coelho, durante o jantar-gala de comemoração dos 159 anos de existência da AEVC, que distinguiu, esta segunda-feira, 30 empresas com mais de 50 anos de actividade.
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