ADASPACO assinala 23 anos com receio do futuro devido à falta de subsídios

Começaram com 150 dadores, e atualmente já são mais de 1300.
São 23 anos de existência da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Paredes de Coura (ADASPACO), assinalados este domingo, com uma cerimónia simples, mas com significado.
Contudo, esta instituição não passa indiferente aos cortes nos subsídios, fruto da atual conjuntura que o país atravessa.
O presidente da ADASPACO confirma que, para além da câmara municipal não dar qualquer contributo, há três anos o Instituto Português de Sangue dava 14 mil euros por ano, valor que foi reduzido de uma só vez para os 2.600.
Adriano Ribeiro diz que o objetivo é aguentar os custos, com a realização de algumas festas de recolha de donativos no estrangeiro, em países com grande presença de comunidade courense, como é o caso da América, Canadá e França.
Adriano Ribeiro garante que a associação tem verbas para se manter de portas abertas nos próximos cinco anos. De resto, explica que a ADASPACO tem de continuar a trabalhar para conseguir mais donativos.
De resto, as pessoas estão cada vez mais sensibilizadas para dar sangue. Adriano Ribeiro lembra que este ano ficou marcado pela eliminação das taxas moderadores para os dadores de sangue, polémica que resultou em greves de algumas associações, mas às quais a que a ADASPACO não aderiu por considerar que dar sangue parte da vontade das pessoas.
Do programa deste domingo da comemoração dos 23 anos de existência da ADASPACO consta o hastear da bandeira e colocação de uma coroa de flores junto ao busto de Joaquim Carvalho Lages, simbolizando todos os dadores e sócios falecidos. Pelas 09h30 decorrer uma missa na Igreja Paroquial de Romarigães, para depois acontecer um almoço convívio na sede da associação, recheada com animação.