A28: Porta

O porta-voz do "Movimento Naturalmente Não às Portagens na A28" não se mostrou surpreendido com os dados avançados, esta segunda-feira, sobre o movimento de tráfego nas antigas auto-estradas sem custos para o utilizador (SCUT). De acordo com o Instituto Nacional de Infra-estruturas Rodoviárias (INIR), as SCUT perderam, num ano, até metade do tráfego que tinham no primeiro trimestre de 2010. No caso da A28, que liga Viana do Castelo ao Porto, o tráfego diário passou de 32 255 viaturas, no primeiro trimestre de 2010, para 24 057 nos primeiros três meses deste ano, correspondendo a uma quebra superior a 25 por cento.
Confrontado com estes valores, Jorge Passos diz apenas que este cenário era prevísivel, tendo sido até denunciado. O responsável reafirma que a cobrança de portagens foi traçada sem "o minímo de justiça" relativamente à região minhota, tendo sido aplicados valores que não estavam apropriados ao distrito.
Para o responsável, a solução passa por "rever os valores" pagos e torná-los "mais baixos". Na opinião de Jorge Passos, só assim o Estado teria realmente mais lucros e contribuiria para a diminuição do défice, bem como para a redução dos custos relativos ao desgate das vias nacionais.
O porta-voz do "Movimento Naturalmente Não às Portagens na A28" considera que o actual sistema de pagamento de portagens na A28 está a "sacrificar" o desenvolvimento económico da região".
A reacção de Jorge Passos surge um dia após a divulgação de novos dados sobre o impacto das portagens nas antigas SCUT, pelo Instituto Nacional de Infra-estruturas Rodoviárias. Segundo dados disponibilizados à Lusa, em Julho, a cobrança de portagens nas três antigas SCUT do Norte rendeu à Estradas de Portugal, nos primeiros seis meses, cerca de 56 milhões de euros. Deste total, 26 milhões foram cobrados no primeiro trimestre deste ano. Recorde-se que o pagamento é feito desde 15 de Outubro de 2010. FONTE: RVM com Lusa