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Valença

7 Abril, 2010 - 20:04

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O presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, criticou hoje a colocação de bandeiras espanholas nas fachadas dos edifícios do concelho, considerando que se trata de um ato "antipatriótico" que "deixa ficar mal a terra".

O presidente da Câmara de Valença, Jorge Mendes, criticou hoje a colocação de bandeiras espanholas nas fachadas dos edifícios do concelho, considerando que se trata de um ato "antipatriótico" que "deixa ficar mal a terra".
"Jurei cumprir a Constituição, e a Constituição obriga a respeitarmos a nossa bandeira. E é essa, a bandeira portuguesa, que eu respeito e venero", disse, à Lusa, o autarca social-democrata.
Respondendo a um apelo da Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Valença, no âmbito do protesto contra o encerramento das Urgências do concelho, população e comerciantes locais colocaram centenas bandeiras espanholas nas fachadas dos edifícios.
O porta voz da Comissão de Utentes, Carlos Natal, que é também membro da Assembleia Municipal eleito pelo PSD, explicou que a colocação de bandeiras espanholas é também uma forma de "agradecer" a disponibilidade manifestada pelo alcaide de Tui para que os utentes de Valença possam recorrer às Urgências daquela localidade galega.
"Por muito boas razões que haja para esta luta, e há, o presidente da Câmara nunca poderia concordar com a colocação de bandeiras espanholas. Não concordo e desaprovo totalmente. Como também não concordo com cortes de estrada, porque respeito a ordem pública. São ações que não dignificam a luta e que deixam ficar mal a terra", referiu Jorge Mendes.
Ressalvou, no entanto, que "desde a primeira hora" está na luta pela manutenção das Urgências no concelho, preparando-se mesmo o município para avançar com uma providência cautelar para impugnar a decisão do encerramento.
"Estamos apenas à espera que o Ministério da Saúde nos faculte a documentação necessária, relacionada com o ato administrativo que levou ao fecho das Urgências, para avançarmos para tribunal", acrescentou.
As Urgências de Valença fecharam definitivamente à meia-noite de 28 de março, sendo substituídas por uma consulta aberta, que funciona das 08:00 às 24:00.
Os utentes não se conformam e prometem não desarmar na luta pela reabertura, que, além da colocação de bandeiras espanholas, já passou pela ocupação do edifício durante mais de um dia e por três marchas lentas, uma das quais cortou o trânsito na ponte internacional sobre o rio Minho que liga precisamente a Tui.
Carlos Natal tem questionado a ausência do presidente da Câmara de Valença nestas ações de luta.
"Sempre estive e sempre estarei ao lado das populações, mas, sempre, no respeito pelos nossos símbolos e pela ordem pública", referiu Jorge Mendes.

FONTE: Lusa

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