Os deputados do PSD, eleitos pelo distrito de Viana do Castelo, Carlos Abreu Amorim, Luís Campos Ferreira e Emília Cerqueira questionaram o Ministro das Finanças sobre os fundamentos da incompreensível decisão de encerramento da agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Vila Praia de Âncora, no concelho de Caminha.
A medida, a ser confirmada, “é altamente lesiva dos interesses das populações daquela localidade tendo em conta, sobretudo a circunstância de que esta agência serve largas camadas da população num território com graves problemas de despovoamento e envelhecimento, fracos níveis de rendimento e poucas oportunidades de emprego”, considera o PSD. Por isto, os deputados sociais-democratas defendem ser “muito importante conhecerem-se as motivações que estão na origem desta decisão, sobretudo porque manutenção destas agências consubstancia um verdadeiro serviço público e é elemento fundamental para a manutenção da coesão territorial”.
Os deputados relembram que “também é preocupação generalizada das populações do Alto Minho que as agências existentes nas suas localidades venham a ser encerradas”.
“O plano de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, elaborado pela anterior Administração presidida pelo Dr. António Domingues, não pode ser levado a cabo com o sacrifício dos interesses dos habitantes do Alto Minho, designadamente das pessoas e das empresas que continuam a preferir sedear as suas vidas em pequenas localidades em vez de engrossarem o caudal dos muitos que já acreditam que apenas o conseguirão fazer com hipóteses de sucesso nos grandes centros urbanos do Porto e de Lisboa”, considera os deputados em nota de imprensa conjunta. “A CGD é um banco público e se quer continuar como tal, com todas as suas consequências, o seu plano de recapitalização não deve servir para esquecer as obrigações inerentes à prestação de um serviço público”, pelo que “o encerramento em referência constituirá um grave desvio dos deveres de prestação de serviço público financeiro às populações e empresas afastadas das duas metrópoles urbanas”, acrescentam.
Assim, os deputados questionaram o ministro sobre se “a decisão de encerramento foi precedida por algum estudo de âmbito económico ou social ou se em caso negativo, quais são os fundamentos que estiveram na origem desta decisão”. Questionaram ainda se “inexistindo fundamentos objetivos conhecidos a sustentar a decisão, sendo esta infraestrutura essencial às populações, fundamental à promoção de uma maior coesão territorial, sendo finalmente muitas as pessoas prejudicadas, quando é que o governo prevê apreciar a eventual suspensão ou revogação da medida”.
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