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A Delegação de Valença da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) – Núcleo Regional do Norte inaugurou esta segunda-feira a sua nova sede. O espaço está situado no Edifício Atenas, r/c, frações BI e BH.
Esta delegação, que vinha funcionando há dois anos num espaço disponibilizado pela autarquia, tem a partir de agora uma sede própria onde irá disponibilizar consultas de Psico-Oncologia para doentes oncológicos, familiares e cuidadores, de forma gratuita após marcação prévia, assim como o Apoio Social e Jurídico.
Recorde-se que a Delegação de Valença da LPCC foi fundada em junho de 2017. Na altura, o presidente da LPCC mostrou-se convicto de que esta delegação “vem responder ao desejo da LPCC, da Câmara de Valença e de toda a população”. Um espaço que, desde logo, se virou para a psico-oncologia. É considerada uma subespecialidade da Oncologia que atua em duas dimensões psicológicas: as reações psicológicas dos doentes com cancro e seus familiares em todos os estádios da doença incluindo a fase de sobrevivência e o stress dos profissionais de saúde; e os fatores psicológicos, sociais e comportamentais que contribuem param as causas da doença e sobrevivência.
Na cerimónia realizada esta segunda-feira marcaram presença o presidente da Câmara de Valença, Manuel Lopes, e também Jorge Mendes, anterior presidente da Câmara e atualmente deputado na Assembleia da República.
“Este é um dia importante para Valença. Hoje Valença tem um espaço digno e profissionais qualificados e motivados, para ajudar todos os que precisarem de orientação para vencer um dos maiores flagelos da sociedade”, disse o presidente da Câmara. “Quando as pessoas passam por um problemas assim e precisam de nós, temos de ajudar,é o nosso dever. Contem connosco, esta luta também é nossa”, acrescentou Manuel Lopes.
Cancro é a principal causa de morte antes dos 70 anos
Mais de 23 mil pessoas com menos de 70 anos morrem em Portugal a cada ano, o que equivale a quase 300 mil anos potenciais de vida perdidos. As doenças oncológicas são a principal causa de morte.
Os dados constam de uma nova plataforma lançada no passado mês de novembro pela Direção-geral da Saúde — “O ‘Dashboard’ da Mortalidade”, que tem informação centralizada sobre os óbitos em Portugal, permitindo cruzar vários indicadores e obter, por exemplo, as causas específicas de morte.
O último ano com dados disponíveis até ao momento é o de 2017, quando, em termos de mortalidade prematura, se registaram 23306 óbitos em pessoas com menos de 70 anos, mais de 20% do total da mortalidade, o que está em linha com os números registados desde 2014.
Este número absoluto de mortes representa uma taxa de mortalidade de 2,67 por cada mil pessoas, dentro do grupo de pessoas até aos 70 anos. Das mais de 23 mil mortes prematuras, o maior número de casos é por doenças oncológicas (mais de 5.600), seguido por doenças ou problemas do aparelho circulatório.
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