PSD e Chega, os dois partidos menos votados nas eleições do passado dia 12 de outubro para a Assembleia de Freguesia de Cerdal, emitiram esta quinta-feira um comunicado conjunto sobre a atual situação política daquela freguesia.
Recorde-se que, conforme avançou a Rádio Vale do Minho, aquela Junta de Freguesia vai ter de ir novamente a eleições.
Começam aquelas duas forças políticas por dizer que, após as eleições de 12 de outubro, “o Partido Socialista [que venceu sem maioria para aquela Assembleia de Freguesia] mostrou-se irredutível em negociar e chegar a um acordo de governabilidade com as outras listas. O resultado dessa posição foi um chumbo das proposta do presidente eleito, apresentada na assembleia de dia 29 de Outubro de 2025″.
Sublinham PSD e Chega que ambos “assumiram sempre uma posição responsável e procuraram sempre o diálogo para desbloquear o impasse, trabalhando sempre para o bem da freguesia e não respondendo, nem caindo em artimanhas políticas”.
“As três forças políticas conseguiram chegar a um entendimento para eleger os vogais da junta de freguesia e a mesma pudesse tomar posse e iniciar os trabalhos na freguesia. A constituição da Junta e da Assembleia de Freguesia iria traduzir numa representatividade de 66,6 % do PS, 16,6% do PSD e 16,6% do Chega, que refletia as votações obtidas”, prosseguem.
“No dia 19 de novembro 2025 [ontem], realizou-se a segunda assembleia de freguesia para a formação do executivo da Junta de Freguesia de Cerdal. A formação do executivo não foi efetuada, porque depois do acordo para a constituição do executivo, o presidente de junta, tentou condicionar os elementos eleitos para a assembleia”, contam.
“Foi exigido que o Presidente da Assembleia fosse alguém por si designado, não respeitando uma eleição democrática que seria votada por todos os eleitos presentes na assembleia. Por acharmos que o presidente da junta não pode interferir num órgão fundamental na regulamentação, supervisão e fiscalização do executivo da freguesia, que deve ser independente, não podemos aceitar a sua imposição e dessa forma não foi alcançado um acordo para a assembleia, algo que o presidente não pode interferir”.
A concluir, PSD e Chega “estranharam” também a forma como foi conduzida a assembleia.
“Não foi apresentada nem formalizada na assembleia uma proposta que pudesse desbloquear a situação por parte do presidente, nem no final foi dado a conhecer a assembleia qualquer ata da reunião. Todas estas atitudes demonstram que desde o início o presidente eleito tem dificuldade em aceitar o resultado das votações, assim como trabalhar em equipa. Ficou claro que não quis um entendimento com os restantes partidos e forçou a ida para eleições, prejudicando a freguesia que ficará limitada nos próximos meses”.
Recorde-se que, após as eleições autárquicas do passado dia 12 de outubro, o PS venceu nesta freguesia com 47,97% dos votos. Elegeu quatro elementos.
O PSD obteve 29,42% dos votos e elegeu três. O Chega alcançou 19,51% e elegeu dois.
A data do próximo sufrágio para esta Assembleia de Freguesia ainda não é conhecida.
Comentários: 0
1
0