O terreno que durante 20 anos serviu de lixeira municipal de Viana do Castelo descobriu nos últimos meses uma nova “vocação”, servindo hoje para produção de legumes e morangos, além da criação de animais.
Trata-se de um parque ecológico de 1,5 hectares, inserido na área do Aterro Sanitário do Vale do Lima e Baixo Cávado, que, desde 1999, funciona em Vila Fria, Viana do Castelo, explorado pela sociedade Resulima.
Há cerca de um ano, os 70 trabalhadores da empresa decidiram colocar mãos à obra e implementaram na área do aterro, em terrenos reabilitados que serviram como lixeira dos concelhos de Viana do Castelo e Esposende, uma pequena horta para autoconsumo.
O projeto foi crescendo e hoje, além da produção de couves, tomates, pepinos, espinafres, ervilhas, alface, cebolas, feijão e até morangos, o espaço conta ainda com um “labirinto” de 19 ervas aromáticas, ponto obrigatório das visitas escolares ao aterro.
Entretanto, além do cultivo, em que os funcionários tratam ainda do processo de compostagem e da própria horta, até animais passaram a ser criados no local.
São seis galos, cinco galinhas, quatro patos e dois gansos.
“Andam aqui à vontade, neste espaço livre, e vamos tendo algum usufruto, como os ovos”, explicou à agência Lusa o administrador da Resulima José Cardona.
Este parque ecológico é mantido pelos trabalhadores, sendo visitado sobretudo por crianças das escolas dos concelhos servidos pelo aterro.
“No nosso projeto inicial estava prevista a recuperação, para usufruto das populações, do terreno da antiga lixeira municipal, que foi encerrada em 1998. Este é um parque que está aberto às pessoas”, garante José Cardona.
Entre a “atratividade” criada naquela área, paredes-meias com o aterro que passou a funcionar em 1999, contam-se um pequeno auditório construído pela modulação do terreno, uma área “para descobrir” todo o tipo de ervas aromáticas ou ainda um pomar.
Entretanto, os trabalhadores da Resulima estão já a preparar um convívio, com direito a arroz de cabidela e arroz doce, e já sabem onde encontrar as galinhas e os ovos.
Dos terrenos antes ocupados pela lixeira existem ainda dez hectares para intervenção, sendo que, segundo José Cardona, está a ser estuda a hipótese de receber um projeto para criação de raças autóctones e produção agrícola.
Depois da desativação da lixeira, com a criação do Aterro Sanitário do Vale do Lima e Baixo Cávado, aquele espaço passou a receber e tratar os resíduos sólidos dos concelhos de Viana do Castelo, Barcelos, Esposende, Ponte de Lima, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez.
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