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Valença

Tribunal absolve, de todos os crimes, os arguidos do caso do empresário galego desaparecido

28 Fevereiro, 2011 - 17:36

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O Tribunal de Valença absolveu esta tarde, de todos os crimes, os arguidos do caso do empresário galego Guillermo Collarte, em Outubro de 1999.

O Tribunal de Valença procedeu, esta tarde, à leitura do acordão no caso do desaparecimento, naquele concelho, do empresário galego Guillermo Collarte, em Outubro de 1999. Absolvendo, de todos os crimes, os arguidos do processo.
Na leitura da sentença, o Tribunal relatou que não consegue apurar a verdade dos factos, alegando que não há provas concretas no envolvimento dos arguidos.

A última sessão ficou marcada mais uma vez pela ausência de um dos principais arguidos no processo, o antigo vereador do CDS-PP na Câmara de Valença, José Lopes Rodrigues, devido a doença. Os outros arguidos – dois empresários da Galiza que teriam sociedade com Guillermo Collarte em negócios imobiliários em Portugal – e um português com cadastro por assalto a bancos – remeteram-se mais uma vez ao silêncio, desta forma o "Trinunal não tem como provar que estivessem ligados ao desaparecimento do empresário.
Para já o advogado de defesa ainda não sabe se a família Collarte irá recorrer da sentença.
Na sequência dos factos, sabe-se que, Vitor Barreto, um dos arguidos foi detido em Espanha, por ameaças feitas à filha do empresário galego.

O Ministério Público acusa os arguidos de "condutas atípicas" por não comunicarem de imediato o desaparecimento do empresário do galego às forças policiais. A acusação pede, por isso, que os arguidos sejam punidos pela prática de sequestro agravado, posição contestada pela defesa.
Recorde-se que os factos remontam a 05 de Outubro de 1999, quando Guillermo Collarte manteve uma reunião de negócios com os sócios arguidos neste processo, no edifício do mercado municipal, cuja construção estava em curso na altura. Daí, convenceram Collarte, cujo estado de saúde era "muito delicado", o que o impedia de se deslocar sozinho, a ir até ao terreno do antigo Hotel Valenciano, próximo da estação de caminhos de ferro de Valença, juntamente com José Lopes Rodrigues. Este, alegando que iria buscar uns papéis, terá deixado Collarte sozinho, aparecendo então o homem contratado para o raptar, que o meteu na mala do carro e o levou para parte incerta, desconhecendo-se até hoje o paradeiro do empresário. O Ministério Público acusa os arguidos de agirem de acordo com um plano previamente acordado entre todos, sendo o objetivo do rapto pedir um resgate a Collarte. Em Fevereiro de 2008, por ordem do MP, foram realizadas buscas em Valença, para tentar localizar o corpo do empresário, mas sem êxito. O caso está a ser julgado por um tribunal de júri, constituído por três juízes e quatro jurados, estes últimos escolhidos aleatoriamente entre os cidadãos eleitores do concelho.
A leitura do acordão final começa às 14h00.