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Desporto

Súmula da jornada de 14/15 de Maio

16 Maio, 2016 - 10:18

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Confira os principais momentos que marcaram o fim-de-semana desportivo.

Como já se esperava, não houve milagres, antes polícias à porta dos estádios para ensombrar o término das provas profissionais. Mas vamos falar positivamente e deixar a podridão para outras ocasiões.
Pronto. O Benfica saboreou o título mais desejado, do futebol profissional, num fim-de- semana que juntou ainda um duplo triunfo em Hóquei em Patins: os títulos de campeão nacional, mesmo sem jogar, e de campeão europeu com vitória diante da Oliveirense. Bem se pode dizer que o encarnado teve um dos melhores dias do longo historial, mas o nosso enorme aplauso é repartido com o Valença H C que também fez história ao conquistar o direito de presença no nacional da I Divisão na próxima época.
Está consumado o campeonato da Liga NOS, com pelo menos dois desfechos inesperados relativamente à primeira parte: o título de campeão por parte do Benfica, ofuscando Jorge Jesus, a sua arrogância bem como a do seus comparsas e clube e a manutenção do Tondela, que era impensável há dois meses a esta parte.
Pois bem, o Benfica venceu o campeonato, é tricampeão nacional, provocando profunda azia e amargura no vizinho e rival Sporting, pois o Porto há muito se “desligou” do mesmo. Será, certamente, um golpe duro para os Leões e seu técnico, que enfureceram a época com verborreia acéfala, a maior das vezes descabida e com algum descalabro, embora com resposta por vezes desnecessária, obrigando JJ a redimir-se à sua humildade, tanto que perdeu para uma equipa, na sua óptica, sem treinador. Nos jogos decisivos, é certo que o Sporting ganhou em Braga, como precisava, mas não bastava, pois o Benfica não sentiu dificuldade alguma, nem sequer ansiedade para derrotar o Nacional, até porque ao golo inicial dos leões responderam, de imediato, as águias, motivando-a e embalando-o para o título.
O Porto foi terceiro, como já estava assegurado há tempos e estreou as partidas à “inglesa”, pelo meio-dia, com triunfo robusto, por quatro a zero, no dérbi da Invicta, diante do Boavista, como ensaio para a final da Taça, conquistando direito à Europa, o Braga, quarto, acompanhado pelo sensacional Arouca, quinto classificado, que terminou com empate caseiro diante do Guimarães, equipa que falhou objectivos, e em última hora o Rio Ave, com triunfo na Madeira em oposição ao nulo do Paços de Ferreira em Setúbal e derrota do Estoril, em Belém, por dois a um.
O pior é que o triunfo do Rio Ave, por dois a um com remontada, atirou com o adversário, União da Madeira, para a II Liga, acompanhando a Académica e permitiu a manutenção do Tondela, consumando o verdadeiro “milagre” impensável a meio da prova, bem como o Setúbal que fez o inverso dos beirões, numa segunda volta displicente dos sadinos, que se salvaram “in extremis”, com esse nulo diante dos castores.
Em jogo “independente”, o Moreirense venceu o Marítimo por dois a um no corolário dum dos campeonatos mais disputados de sempre rumo ao título, por parte dos dois eternos rivais lisboetas.
A jornada derradeira da II Liga trouxe emoções até ao último minuto e “prolongamento” com forças policiais em “protecção” a alguns jogadores e dirigentes. Dentro dos resultados, acabou por se fazer festa dupla em Chaves, já que com o empate ali conseguido, em um golo, e beneficiando do nulo na Póvoa entre Varzim e Portimonense, o Feirense conquistou a promoção, quatro anos depois, sob a batuta de José Mota.
O Freamunde não só não conseguiu o objectivo, que passava por derrotas do par Feirense/Portimonense, como ele próprio foi “cilindrado” com “a manita” diante do Benfica B, que acabou por confirmar a presença na prova, já que o Mafra não conseguiu melhor que empate em um golo na vila das Aves. Apesar da vitória por dois a três em Barcelos, diante dos “galos,” o Farense foi relegado ao campeonato de Portugal, bem como o Atlético, este com derrota caseira perante os vizinhos e companheiros de desgraça, Oriental.
Em suma, nesta longa maratona de 46 jogos, o Porto sagrou-se campeão, Chaves e Feirense garantiram promoção à Liga NOS e Oliveirense, Oriental, Atlético, Farense e Mafra despediram-se, pelo menos até a “polícia” ou a justiça determinarem outra situação.
Concluída também a segunda fase de Portugal Prio com despromoção do Neves e trabalhos prolongados para o Vianense, apesar dos dois triunfos conseguidos perante Mirandela, por dois a zero, e Argozelo, por dois a um, respectivamente. Culpa de quem? Se olharmos a esta derradeira jornada, do dérbi entre Camacha e Marítimo B! Aqui pareceu mesmo caso policial, mas se um empate entre dois madeirenses servia a ambos… ou melhor serviu um zero a três na primeira parte, recompensado com o inverso, ou seja, três a zero, na segunda, resultando num tal empate que manteve o Camacha, que estava despromovido à entrada do minuto noventa, atirou com o Neves e obrigou a extras ao Vianense, que tem que se ver, antes de mais, com Águias de Moradal, de Oleiros.
Indiferentes, Limianos e Pedras Salgadas proporcionaram espectáculo com oito golos divididos amigavelmente.
Na série de subidas, o Vizela fez a festa plena com triunfo em Anadia, por três a um, aproveitando essa presença na Bairrada para tomar o champanhe, enquanto o Fafe terá que decidir agora com o Casa Pia o direito a ocupar a última vaga. Cumprindo o programa, Vilaverdense e Pedras Rubras empataram-se num golo e Gondomar despediu-se com triunfo em Bragança, com um “foguete”.
Cá entre nós e no que concerne à principal divisão, a penúltima jornada deixou as duas decisões em aberto para a última ronda, ou seja, nem ficou garantido o segundo posto, que proporciona acesso à Taça de Portugal, nem o lugar de despromoção. No primeiro caso, Arcos e Cerveira ficaram-se por empates, sendo que o do Arcos também intervinha com o fundo, pois disputava o dérbi em Paçô, que traduzido em empate a um golo e conjugado com o triunfo do Ponte da Barca, em três a dois, na terra das “rosas” perante Vila Franca, deixou a decisão final para o encerramento da prova, com os dois intervenientes fora dos seus territórios. Já agora, em definitivo, o Campos saiu desta aflição com o empate em dois no dérbi da terra das artes, remontando a desvantagem de dois golos com que atingiu o intervalo, tal como o Courense que obteve triunfo caseiro diante do Vila Fria, em partida de cinco golos e vitória tangencial.
Entre os tranquilos, ainda não foi desta que o Desportivo de Monção regressou aos triunfos, embora tivesse tido vantagem em dois a um na Correlhã, mas acabou por consentir empate, contrariamente ao Valenciano que obteve vitória em Chafé, por dois a um, segurando, minimamente, o sexto posto. Nos dois encontros restantes obteve-se o mesmo resultado com triunfos caseiros por quatro a dois de Vitorino de Piães perante Castelense e de Lanheses diante da lanterna vermelha, Moreira do Lima, numa ronda antecipada em duas horas, mas ainda a tempo de se converterem trinta e cinco golos.
Quanto à secundária, tudo ficou consumado com o triunfo do Arcozelo perante o Cardielense, em quatro a um, conferindo aos limianos o título de campeão, há muito perspectivado, inclusive com ajuda do Távora que foi derrotado em Perre por um golo solitário.
Cá entre os “nossos”, dois triunfos conseguidos pelo Melgacense, na deslocação a Lanhelas, impondo a primeira derrota aos locais no renovado recinto, por dois a um, e também do Raianos no dérbi com Longos Vales, numa partida com sete golos, cinco dos quais para os anfitriões, derrotando, assim, a equipa sanjoanina, tendo perdido também o Moreira em terras de S. Martinho da Gandra, por três a um, mas garantindo o antepenúltimo lugar pois também o Castanheira saiu vergado a uma derrota por cinco a um nas Lagoas, em Bertiandos.
No cumprimento do calendário e para que não ficassem jogos por disputar, o dérbi dos dérbis, em Vila Praia de Âncora saldou-se por expressivo triunfo dos visitantes, de fora de Vila, o Ancorense, por quatro a zero, registando ainda dos triunfos caseiros, de Anais sobre Vianense B, em dois a zero, e do Darquense ante o Fachense, no tangencial dois a um, em jornada penúltima onde, à semelhança da principal, se concretizaram trinta e cinco golos.
Nas modalidades, começamos pela renovação dos parabéns ao Valença H C pelo triunfo diante de O C Barcelos B, que apesar de difícil, tangencial e muito sofrido, lhe abriu as portas do nacional da I Divisão, em facto inédito e histórico. Já agora, o Riba D’Ave ainda lá poderá chegar, se eliminar o H C Sintra. Já o Benfica teve fim-de-semana duplamente saboroso, pois ao título nacional, sem jogar, mas à custa do empate caseiro em seis golos cedido pelo Porto diante do Valongo, conquistou também o título de campeão europeu diante da Oliveirense, após eliminação do poderoso Barcelona.
Em Futsal, saliência para a conquista da Taça em Seniores Masculinos pelo Neiva, conseguindo a “dobradinha”, com Benfica e Sporting em vantagens alargadas, praticamente apurados para as meias, contrariamente a Burinhosa e Braga, obrigados a remontar as derrotas forasteiras.
A maratona de Futebol de Sete cumpriu a jornada número sete, enquanto na formação há dois momentos distintos. Em Iniciados e Juvenis de II Divisão Distrital, resta a derradeira jornada com muitas decisões a tomar, quer nos Torneios, quer nas fases finais, onde apenas o Courense garantiu o título de Juvenis. Já nos mesmos escalões mas na I Divisão e em Juniores ainda ficam a restar três rondas e todas as decisões sobre subidas.
Na formação nacional, concluído o campeonato em Iniciados, em Juniores, o Sporting venceu o clássico perante o Benfica e afastou os encarnados do título, mantendo-se a si, juntamente com Porto e Rio Ave na luta pelo primeiro posto, confirmando-se, na II Divisão, a despromoção do Limianos, que acompanha o Neves já há muito também atirado aos distritais.