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País: Pedro morreu… mas a mãe continua a falar com ele nas redes sociais

13 Fevereiro, 2022 - 23:30

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História divulgada pela BBC emocionou o mundo.

É uma história acontecida no Minho… e que está a emocionar o mundo. Segundo a revista NiT, tudo começou em 2019, na cidade de Braga, com a dor de Assunção Fernandes com a morte do seu filho Pedro, de 43 anos, vítima de cancro. 

 

Porém, antes de falecer, Pedro deixou um sistema automático de publicação de mensagens no Twitter.

 

Todos os dias, da sua conta, sai um emoji de um meio de transporte porque, segundo o próprio, eram os emojis menos usadoss em todo o mundo. “O emoji menos utilizado não pode ser um meio de transporte”, escreveu em 2018. “Batam-se pelas lutas justas.”

 

 

Pedro e a mãe, Assunção Fernandes

[Fotografia: DR / Via NiT]

 

 

 

“Acredito que ele fez isso sabendo que continuaria a publicar coisas mesmo após a morte”, explicou o irmão de Pedro à BBC. E assim aconteceu. Assunção, que aprendeu com Pedro a utilizar o Twitter, começou a responder a cada uma dessas mensagens, numa espécie de diário público que relata a dor de perder um filho.

 

 

Antes de falecer, Pedro deixou um sistema automático de publicação de mensagens no Twitter

[Fotografia: DR / Via NiT]

 

“Para atenuar a minha dor, e não podendo falar nele em casa por causa do meu marido, aproveitei a página dele do Twitter onde ele tinha um tuíte automático”, explicava, enquanto agradecia aos utilizadores que confessavam ter chorado ao percorrer o perfil.

 

“Tiraram-te daqui hoje. Não importa. Continuo a escrever na mesma, respondendo ao tuite. Descobriram o nosso cantinho, muitas pessoas emocionaram-se e expressaram a sua solidariedade. Aconteceu amor e união, os nossos objetivos de vida.”

A mãe de 69 anos revela que Pedro “sonhava com um mundo sem barreiras”.

 

“Nunca, desde bem pequeno, admitia as palavras normal ou anormal para classificar as pessoas. Ele dizia que cada indivíduo era diferente e era assim que devíamos aceitar e respeitar”, conta, enquanto mantém a intenção de continuar a usar o Twitter como forma de chegar até ao filho, mesmo depois da morte.

 

 

[Fotografia: Ilustrativa/DR]