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Monção: “Parecia a procissão da Virgem das Dores!”

1 Junho, 2018 - 07:39

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“Parecia a procissão da Virgem das Dores!”. Esta foi uma das expressões mais ditas esta quinta-feira após a procissão solene do Corpo de Deus, que contou com a participação do […]

“Parecia a procissão da Virgem das Dores!”. Esta foi uma das expressões mais ditas esta quinta-feira após a procissão solene do Corpo de Deus, que contou com a participação do Presidente da República. Monção saiu à rua. Mas saiu mesmo! O mar de gente era de tal ordem que uma boa parte dos próprios residentes da vila ficou boquiaberto com o cenário criado nas ruas do centro histórico. As ruas estavam repletas em ambas as margens. Havia gente nas varandas, em cima de muros e às janelas. A moldura humana era de tal forma enorme que fez com que muitos tenham feito esta comparação com aquela procissão que acontece todos os anos em agosto e que concentra milhares de pessoas nas ruas desta vila.

De telemóveis na mão, todos queriam ver e fotografar Marcelo. O momento era solene, mas o povo não resistia. De quando em vez lá rebentava um estrondoso aplauso à passagem do Chefe de Estado. E Marcelo, que queria manter um ar compenetrado, não resistia a soltar um leve sorriso como que agradecendo a amabilidade dos monçanenses.

 

Marcelo Rebelo de Sousa: “Venho pagar essa dívida relativamente a Monção. Mostrar a minha solidariedade com as populações.”

 

“Eu fiquei de visitar os Municípios atingidos pelos incêndios do passado dia 15 de outubro. E havia algumas lacunas”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas. “Havia uma lacuna importante no meu espírito, que me pesava na consciência, que era Monção”, confessou perante o olhar embevecido da multidão concentrada na Praça Deu-la-Deu. “Venho pagar essa dívida minha relativamente a Monção. Mostrar a minha solidariedade com as populações, com os autarcas, com todos os que combateram esta tragédia e transmitir uma esperança num futuro onde se está a trabalhar de forma positiva para que não mais se repita aquilo que aconteceu”.

Assim que chegou a Monção, Marcelo fez o trajeto entre a Câmara e a Igreja Matriz. Foi saudado por centenas e centenas de pessoas. Tirou outras tantas selfies. E sorria. Sorria muito. Distribuiu abraços e beijinhos por todos como uma autêntica estrela do panorama musical. Só que não. Aquele era o Presidente da República. Definitivamente o Chefe de Estado mais acarinhado de sempre pelo povo. Chamavam-no! Aplaudiam-no! Os pais levavam os filhos até junto dele e Marcelo, ainda que aconselhado pelos seguranças a prosseguir caminho, parava e tirava mais uma selfie com cada criança. Com cada adulto. Com todos.

 

António Barbosa: “Eu acho que ninguém aqui estava zangado com o professor Marcelo! Ninguém consegue estar zangado com ele.”

 

No final da Eucaristia, seguiu na procissão solene. Sempre ao lado do presidente da Câmara, António Barbosa. Novo banho de multidão. Despediu-se de forma rápida mas desta vez com a esperança de voltar em breve. Aos microfones dos jornalistas, o edil monçanense mostrou-se totalmente satisfeito com esta visita de Marcelo Rebelo de Sousa ao berço do Alvarinho. “Esta receção calorosa que o Presidente da República teve era um sinal de que tinha de vir até Monção. E ele percebeu isso”, referiu António Barbosa. “Esta proximidade que ele tem com as pessoas é muito daquilo que o poder autárquico faz. É aqui que ele se sente bem e é aqui que nós gostamos de ter o nosso Presidente da República”, continuou o edil social-democrata. “Eu acho que ninguém aqui estava zangado com o professor Marcelo! Ninguém consegue estar zangado com ele”, disse Barbosa com um sorriso. “É uma figura que esta a unir o país. Consegue afastar tudo aquilo que são lides partidárias. Esperemos que assim continue e que não fique só por este primeiro mandato”, concluiu.

Já sem Marcelo, os monçanenses prosseguiram como manda a tradição. O final da tarde foi marcado pelo combate entre São Jorge e a Coca. Montado na égua Soberba, o santo começou desde logo por efetuar um momento provavelmente inédito. O animal cumprimentou toda a tribuna VIP com uma vénia. O público soltou um “ooooh!” enternecido. E o resto, já se sabe. Em 10 minutos, o protetor eterno de Monção despachou o dragão perante um anfiteatro natural do Souto completamente cheio. Que nem deu pelo tempo passar. O povo ficou a pedir mais. Mas isso, só para o ano.

 

As ruas do centro histórico de Monção encheram para ver passar o Presidente da República