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“Todos os trabalhadores do matadouro municipal de Monção têm os salários regularizados”. A garantia foi deixada esta segunda-feira pelo presidente da Câmara, António Barbosa, que em reunião do Executivo se mostrou indignado com uma notícia publicada na edição em papel de 1 de junho do jornal local A Terra Minhota, com o título Trabalhadores do matadouro municipal de Monção com salários em atraso.
“Apesar de querer manter o anonimato, um dos trabalhadores confirmou-nos que existem subsídios de Natal e férias em atraso. Contudo, e até ao fecho desta edição, a informação que temos é que além destes subsídios estão por pagar os salários de abril e maio“, avança A Terra Minhota que decidiu então confrontar o Município.
“Na passada sexta-feira [dia 28 de maio], às 9h47 da manhã, recebemos um e-mail do jornal A Terra Minhota”, onde este periódico questionou o Município sobre a referida situação bem como subsídios de férias e de Natal.
A resposta do Gabinete da Presidência, contou António Barbosa, “foi dada às 16h18” desse mesmo dia. No e-mail, o Município garantiu que “subsídios de férias e de Natal bem como todos os salários se encontram regularizados nesta data”.
O jornal A Terra Minhota acrescentou a resposta da autarquia à notícia.
“Contactamos o Município de Monção sobre esta questão que, de forma sucinta, e pela Chefe de Gabinete da Presidência, esclareceu que «os subsídios de férias e Natal, bem como todos os salários se encontram regularizados nesta data»”, lê-se.
No entanto, o periódico optou por titular a peça afirmando que existem salários em atraso no matadouro. A direção do jornal colocou até a matéria em primeira página (capa), com uma chamada onde é possível ler-se o mesmo título.
Barbosa: “Município agirá para defender-se de uma notícia deste calibre”
“O jornal teve conhecimento atempadamente da resposta do Município antes da publicação da notícia. O matadouro municipal não tem e não tinha – à data em que foi respondido – qualquer salário em atraso, nem qualquer subsídio de férias nem de Natal”, certificou Barbosa.
Sobre as opções tomadas pelo jornal, “o Município agirá de acordo com aquilo que entender, para defender-se de uma notícia deste calibre”.
Do lado da vereação socialista, Paulo Esteves questionou o presidente da Câmara sobre o momento em que foram feitos os pagamentos. Antes ou depois da chegada do e-mail do jornal A Terra Minhota.
Na resposta, o presidente da Câmara apelou à experiência autárquica de Paulo Esteves.
“Como sabe, seria impossível num Município como o nosso tratar de uma situação dessas em apenas um dia com essa urgência. Quando demos a resposta ao A Terra Minhota, não existia qualquer salário em atraso. Ponto”, reiterou.
“Sabe do funcionamento de um Município e sabe também que uma coisa destas nunca poderia ser tratada entre as nove da manhã e as cinco da tarde”, concluiu António Barbosa.
O Matadouro Regional de Monção foi inaugurado no dia 24 de novembro de 2001 pelo então Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas, Luís Manuel Capoulas dos Santos, após um processo de reformulação estrutural e reconversão tecnológica avaliada em 1,2 milhões de euros. O Município de Monção é quem detém, maioritariamente, o capital social.
[Fotografias: DR / Rádio Vale do Minho]
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