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Monção

Monção: O que devia acontecer ao INEM? Bombeiros têm uma sugestão

17 Julho, 2025 - 15:13

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Dívidas.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Monção (AHBVM) defende que o INEM deve ser “extinto como serviço autónomo”.

 

Em comunicado enviado à Rádio Vale do Minho, a corporação monçanense defende que as suas competências deveriam transitar “para a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), entidade com experiência de planeamento, comando e coordenação das operações de socorro no terreno”.

 

No mesmo documento, a AHBVM mostra-se bastante desagradada com a resposta dada pelo INEM no que diz respeito à dívida para com esta corporação.

 

Recorde-se que, segundo o Porto Canalaos Bombeiros Voluntários de Monção, o INEM reconheceu uma dívida de 31,3 mil euros correspontende “parte dos subsídios fixos e variáveis de abril e maio, uma vez que os de junho ainda estão dentro do prazo de processamento”.

 

Já quanto aos 255 mil euros que a corporação de Monção diz ter em falta por parte do INEM, a instituição esclarece que o valor “não representa dívida”, mas “um valor reclamado” por aqueles bombeiros voluntários, “num processo que ainda corre termos em tribunal”.

 

Na resposta, enviada à Rádio Vale do Minho, a AHBVV reitera que “o INEM tem para com os bombeiros de Monção uma dívida superior a 225.000,00€ . Esta é a realidade”.

 

“Este valor engloba os serviços prestados na emergência pre-hospitalar a este instituto, dentro e fora do protocolo estabelecido entre ambas as partes. O INEM afirma não reconhecer a dívida de cerca de 181.000€ reclamada por nós, por serviços prestados fora do protocolo desde janeiro 2023. Serviços estes efetuados com os nossos recursos”, lê-se.

 

“Em Dezembro 2022, o INEM, foi notificado da existência de um preçário para os serviços prestados fora do protocolo, com início em janeiro de 2023, esses serviços foram efetuados e faturados, se não concordavam com o preço aplicado, não os requisitavam”, prossegue a AHBVM.

 

A corporação considera que “o INEM não entende assim, daí esta acção de processo comum que corre termos em tribunal. Os valores reconhecidos pelo INEM , também em incumprimento, referem-se apenas e só aos serviços prestados dentro do protocolo desde abril 31. 300 euros + 14.000 que se encontram dentro do prazo legal de pagamento”.

 

“O INEM pode dizer o que quiser, mas nós temos registos de chamadas, nº de pedido/ ocorrência atribuída pelo CODU, relatórios e faturas dos serviços prestados. A dívida existe, está bem documentada e foi por isso que avançámos para tribunal”, reforça ainda a AHBVM .

 

“Esta dívida põe em risco salários dos colaboradores, a manutenção dos postos de trabalho e viaturas. Põe em causa também o cumprimento das nossas obrigações para com o fornecedores, com a segurança social e autoridade tributária. esta situação financeira a que o INEM nos tem vindo a sujeitar, é insustentável”, lamentam os bombeiros monçanenses.

 

“Não põe em causa apenas os interesses da nossa corporação — põe sobretudo em risco os interesses e a segurança da população monçanense. Os nossos trabalhadores correm sérios riscos de não receberem o seu salário no último dia útil do mês. Esta realidade é inaceitável para qualquer instituição séria”, sublinha a AHBVM.

 

“A nossa corporação não defende apenas os seus interesses. Defende, antes de mais, o direito da população de Monção a um serviço de socorro digno, eficaz e devidamente financiado”, conclui.

 

 

[crédito fotografia: ilustrativa/DR]