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Em quatro anos, o Município de Monção diminuiu a dívida Municipal em mais de três milhões de euros. Em números precisos, foram 3.341,106 euros. As cifras foram anunciadas esta terça-feira pelo presidente da Câmara Municipal, em reunião do Executivo, durante a apresentação dos documentos de Prestações de Contas relativas ao exercício de 2020.
“É uma prestação de contas em ano de pandemia. Verifica-se uma diminuição natural de algumas receitas correntes do Município. Mas isso não significou uma diminuição da receita total, dado que tivemos um aumento brutal daquilo que são as receitas de capital o que acabou por compensar a diminuição das receitas do Município”, explicou António Barbosa.
Visivelmente satisfeito, o autarca realçou “um esforço gigantesco com as medidas de apoio que aumentaram a despesa corrente e diminuíram a receita” durante o ano de 2020.
O autarca seguiu imediatamente para o Princípio do Equilíbrio “que traduz bem estes quatro anos da nossa governação”.
“Houve um investimento brutal que está à vista de toda a gente, mas que não colocou em causa nenhum dos indicadores do Município. Este princípio traduz bem a prudência que tivemos durante estes quatro anos com uma margem muito confortável superior a 2 milhões de euros, o que diz muito daquilo que tem sido esta governação”.
Barbosa passou a dados mais concretos e recuou ao mandato anterior (2013-2017) em que a Câmara de Monção era gerida pelo PS.
“Mesmo em 2020, nós conseguimos um crescimento da receita de 4,34% em relação a 2019. Mas para terem noção da brutalidade de fundos comunitários e do trabalho que tem sido feito pela parte técnica do Município, foi registado um crescimento de 18,89% relativamente à média entre 2015 e 2019”, descreveu.
“Não foi descoberto ouro em Monção, como muitos pensam”, referiu Barbosa. “Isto deveu-se simplesmente ao aumento da receita de capital que registou um crescimento de 49,62% entre 2019 e 2020 e um crescimento de 164,45% relativamente à média entre 2015 e 2019”, explicou.
Barbosa: “Receita de capital cresceu 164,45% relativamente à média entre 2015 e 2019”.
De acordo com o documento apresentado, o total da receita durante o ano de 2020 foi superior em 129.525,85 à despesa. O que gerou, portanto, saldo de gerência.
Chegou então a “dívida de médio e longo prazo” que, para o presidente da Câmara, “é o espelho de uma governação”. Esse valor está agora em 4.522.588,66 euros. “Ou seja, inferior aos 5.860.144,63 da última prestação de contas apresentado pela Câmara que nos antecedeu [PS]”, referiu António Barbosa. Contas feitas, um abate superior a um milhão e 300 mil euros.
No entanto, e conforme está plasmado no documento, a este último valor, somaram-se “dívidas transitadas da antiga governação [PS]”. Nomeadamente o VITIS (721 mil euros); Brentagg (364 mil euros); Grayto (44 mil euros) e Imposto Municipal de Transmissões (873 mil euros). Tudo somado, são mais de dois milhões de euros.
“O que significa que durante este mandato, com as realizações brutais que estão no terreno, este Município conseguiu diminuir a dívida Municipal num montante de 3.341.106 euros!”, exclamou o edil monçanense que, em tom orgulhoso, considerou que os números refletem uma “boa saúde financeira” do Município e que dão margem “para investir e garantir mais e melhor para o concelho”.
Paulo Esteves: “Assim vale a pena governar”
Do lado da vereação socialista, Paulo Esteves felicitou desde logo o Município pelas “contas claras e explicadas com transparência”. No entanto, o autarca do PS recuou também ao anterior mandato em que – durante a primeira metade – o País era governado pela coligação PSD/CDS-PP. “Não tivemos acesso a fundos comunitários”, disse o antigo vereador da Cultura, lembrando os tempos da troika.
Paulo Esteves: “Do Governo PSD/CDS-PP nunca tivemos absolutamente nada”.
Paulo Esteves mostrou-se também agradado com a receita de capital. “Assim vale a pena governar”, considerou.
“A diferença é realmente brutal relativamente ao nosso mandato, porque do Governo PSD/CDS-PP [Pedro Passos Coelho] nunca tivemos absolutamente nada. Mas se este Governo [António Costa] é bom para o PSD em Monção, é também bom para o PS em Monção”, sublinhou. “Para nós é o território que conta e não a sigla do partido”.
Já sobre a receita corrente, Paulo Esteves foi pragmático. “São contas pandémicas”, afirmou na certeza de que o PS compreendeu claramente esta diminuição.
Na votação, os documentos de Prestações de Contas relativas ao exercício de 2020 foram aprovados com os votos favoráveis da maioria social-democrata e abstenção dos vereadores eleitos pelo PS.
[Fotografia: Rádio Vale do Minho]
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