O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) na Assembleia da República questionou o Ministério da Administração Interna sobre os incidentes verificados no passado sábado entre a GNR de Monção e vereadores do Bloco Nacionalista Galego (BNG). “Considera o Governo aceitável que eleitas e eleitos do Estado vizinho possam ser alvo de uma intervenção policial manifestamente desproporcionada?”, perguntam os bloquistas em comunicado enviado ao Governo. No mesmo documento, o BE quer também saber “que medidas serão tomadas para averiguar os motivos de uma atuação desta natureza”.
Recorde-se que os vereadores do BNG já apresentaram, no Tribunal de Monção, uma queixa por agressão contra o comandante da GNR monçanense. De acordo com notícia avançada pelo Jornal de Notícias (JN), os vereadores galegos acusam-no do uso de “violência” sobre uma vereadora do BNG, Patrícia Marinho, durante a detenção após um protesto decorrido durante as cerimónias dos 20 anos da Ponte Internacional que liga Monção e Salvaterra de Miño. Para além desta autarca, foram ainda detidos mais dois colegas do partido os quais, refere o JN, dizem que Patrícia Marinho sofreu “contusões numa mão e na cervical” na sequência deste incidente.
A detenção ocorreu na altura dos discursos formais, quando um dos manifestantes, do sexo masculino, surgiu diante da assistência com um cartaz onde se lia “PLISAN = Propaganda Electoral”. Um protesto que, ao que a rádio Vale do Minho apurou, estava relacionado com os trabalhos a decorrer na nova zona industrial galega. A PLISAN (Plataforma Loxística Industrial de Salvaterra – As Neves), também chamada de Porto Seco, é já considerada a maior da euroregião Galiza – Norte de Portugal.
Ao JN, o Comando da GNR de Viana do Castelo confirmou a identificação de dois homens e uma mulher, no sábado, por protagonização de uma “manifestação não autorizada”. De acordo com o periódico, os detidos ficarão sujeitos a um processo de contraordenação e a incorrer na respetiva coima.
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