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A Associação de Profissionais de Turismo do Minho (APROTURM), mostra-se preocupada o futuro do turismo no Minho. Após a realização de um inquérito e também de um fórum [que contou com a presença de especialistas e investigadores no mercado do trabalho, no investimento, nas agências de viagens, empresários da hotelaria e alojamento, restauração e animação turística e políticos locais ligados ao setor], esta associação aponta “um setor frágil, constituído por micro e pequenas empresas dominantemente com menos de cinco trabalhadores”.
Para estes profissionais, a pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19), provocou uma “brutal redução de negócio e a ausência de expectativas sobre o próximo futuro”. Cenários que fazem antever “aumento do desemprego no setor, paragem de projetos privados de turismo, encerramento de empresas e completa desorientação sobre o futuro do setor”.
A agravar as preocupações da APROTURM está o facto de que, lamentam, “até à data não tenham sidos realizadas reuniões de emergência por parte dos Conselhos Consultivos Municipais de Turismo para analisar a situação do setor ao nível de cada Concelho da região do Minho”.
“A manter-se o estado atual de ausência efetiva de foco no relançamento da atividade do turismo e do redesenhar de novas abordagens ao relançamento do setor, completamente parado, receia-se uma crise prolongada e dolorosa na região”.
“Atualmente muitos dos profissionais estão a confrontar-se com o encerramento de unidades de alojamento, de restauração, de animação turística e agências de viagens, gerando uma mais frágil oferta de serviço e produto turístico na região. A escassez de informação e de medidas não favorece uma atitude positiva por parte dos profissionais que receiam pelo
futuro do turismo na região”, consideram.
Em comunicado, os profissionais defendem a necessidade de se implementar uma política focada no
relançamento do setor que passará por criar uma Operação Integrada de Desenvolvimento para o turismo da região do Minho, com meios para apoiar o efetivo reerguer do tecido empresarial, da empregabilidade e capaz de apoiar o
desenvolvimento de uma estratégia de relançamento do turismo da região.
Sugerem também a promoção de uma “caracterização urgente” do tecido empresarial, identificando o potencial instalado e conhecer o estado atual e futuro de capacidade de relançamento da atividade; Reclamar a realização de reuniões, com carácter de urgência, dos Conselhos Consultivos de Turísmo Municipais, para se analisar o impacto e situação efetiva do setor empresarial do turismo.
Entre outras medidas a APROTURM pretende também “desenvolver um verdadeiro e estratégico programa de fomento da empregabilidade no setor do turismo regional, apoiando com financiamentos orientados à contratação de técnicos licenciados”.
A APROTURM mostra-se “disponível para cooperar com as instituições públicas e privadas que pretendam contribuir de forma ativa para o relançamento e desenvolvimento do Turismo do Minho”.
[Fotografia: Arquivo / DR]
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