O possível encerramento de 154 balcões das Finanças, cerca de metade dos existentes actualmente, demonstra que o Governo tem uma “agenda escondida”, acusa o vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).
Rui Solheiro afirma, em declarações à Renascença, que “o Governo tinha uma agenda escondida, que só não publicou mais cedo para esconder isso dos portugueses, até às eleições autárquicas”.
Rui Solheiro lamenta que o Governo prossiga com uma “política do Estado mínimo junto das populações” e de as “abandonar à sua sorte”.
O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses condena que o Interior seja mais uma vez sacrificado com este encerramento de serviços das Finanças.
“São penalizados, essencialmente, os municípios de menor densidade populacional, que têm populações envelhecidas, mais dependentes e aqueles que continuam a ser penalizados por uma política de insensibilidade social tremenda”, acusa.
Rui Solheiro espera que a Associação de Municípios Portugueses assuma uma posição firme de rejeição e indignação contra esta iniciativa do Governo de fechar serviços de Finanças.
De acordo com um mapa publicado esta segunda-feira pelo “Diário de Notícias” sobre a reorganização dos serviços de Finanças, com base em cruzamento de dados, nomeadamente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, podem vir a encerrar metade das actuais repartições, ou seja 154 serviços, sobretudo no interior do país.
A título de exemplo, no distrito de Portalegre apenas ficariam a funcionar três das 15 repartições existentes e em Bragança nove dos 12 balcões poderão encerrar.
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