O orçamento da Câmara de Melgaço para 2025 ronda 37 milhões de euros.
O MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço foi suspenso. A edição de 2026 deste evento não vai realizar-se.
Segundo a organização, citada pelo jornal O Minho, o Município apoiava este certame com 140 mil euros. E isso já não vai acontecer.
Esta verba era 90% do total do apoio total, o que inviabiliza totalmente o evento que contava já com 11 edições.
Conforme noticiou a Rádio Vale do Minho, Melgaço econtra-se nesta altura numa situação financeira que o atual Executivo considera preocupante.
Avizinham-se cortes em vários eventos culturais. E a Festa do Alvarinho? Vai também ser afetada por este aperto de cinto?
“Não está em cima da mesa qualquer corte de relevo a esse nível”, assegurou à Rádio Vale do Minho o Presidente da Câmara, José Albano Domingues.
MDOC suspenso. Não há Festival de Cinema em 2026

[crédito fotografia: arquivo/Município Melgaço]
Sobre o MDOC, a opinião do atual Executivo Municipal de Melgaço é diferente.
“Chegámos à conclusão, pelo caderno de encargos que nos foi apresentado por parte da Associação AO NORTE [organizadora do festival], que a Câmara não tem dinheiro para pagar”, explicou o edil à Rádio Vale do Minho.
Neste momento, Melgaço está a cortar naquilo que considera não ser “tão prioritário”.
“Entendemos que o MDOC não é prioritário”. No entanto, garante José Albano Domingues, o projeto audiovisual pelas freguesias continua em 2026.
Mas o que esperar de 2026?
Na certeza de que haverá apertos no Município, o Presidente da Câmara assegura que no próximo ano não faltará à população “nenhum dos serviços essenciais”.
Serviços esses que, segundo o autarca, são referentes à água, resíduos sólidos, saúde, ação social. “Obviamente que vamos cortar naquilo que não é prioritário”, garante.
“A população compreenderá”
Preocupado, mas otimista, José Albano Domingues acredita que Melgaço vai conseguir sair do patamar em que se encontra.
Lamenta sobretudo os sacrifícios a fazer. No entanto, crê também que “a população está consciente, solidária, e compreenderá que temos de melhorar a situação financeira da Câmara e impedir que o problema se prolongue”.
“Nenhum Presidente de Câmara tem prazer em fazer cortes, sejam eles de que ordem for. Mas a realidade é que não podemos viver acima das nossas possibilidades. Tão simples quanto isto”, sintetizou.
Presidente da Câmara acredita que população vai compreender cortes nas verbas

[crédito fotografia: arquivo/Município Melgaço]
Questionado sobre quanto vai durar este aperto, José Albano Domingues deixou de imediato o aviso de que “não é um trabalho para meses”.
“É para dois ou três anos. Mas não vamos abdicar de o fazer. Entendemos que este é o caminho certo e nada de essencial faltará aos nossos munícipes”, reiterou.
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