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Norte

Ligação ferroviária diária e direta Porto-Vigo “é aceitável” – CCDR-N

14 Maio, 2013 - 14:59

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O presidente interino da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) manifestou hoje “satisfação” pelo anúncio da ligação ferroviária direta diária Porto-Vigo, afirmando que “é aceitável” e “vem ao encontro de uma pretensão antiga” do organismo.

O presidente interino da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) manifestou hoje “satisfação” pelo anúncio da ligação ferroviária direta diária Porto-Vigo, afirmando que “é aceitável” e “vem ao encontro de uma pretensão antiga” do organismo.

Tendo em linha de conta “o cenário económico-financeiro em que vivemos, a ligação em alta velocidade não é oportuna não só para Portugal como também, provavelmente, para Espanha, que também vive momentos difíceis”, afirmou, em declarações à Lusa, Carlos Neves.

Para o responsável, “entre o bom e o ótimo”, a CCDR-N entende ser “preferível ter alguma coisa que é aceitável, que é razoável do ponto de vista da melhoria da mobilidade entre as duas principais cidades do noroeste peninsular”.

Na declaração final da XXVI Cimeira Luso-Espanhola, que decorreu na segunda-feira no Palácio da Moncloa, em Madrid, Portugal e Espanha congratulam-se com a introdução de um comboio direto diário entre Porto e Vigo, nos dois sentidos e de um bilhete único nessa ligação ferroviária a partir do verão.

Estas mudanças na ligação entre Porto e Vigo foram estabelecidas num acordo entre a CP e a RENFE.

Na declaração, os países vizinhos manifestaram ainda “o compromisso de ambos em agilizar os recursos disponíveis que permitam finalizar a eletrificação de todo o trajeto até 2016″.

Para Carlos Neves, o facto desta ligação direta permitir retirar cerca de um terço do tempo às mais de três horas de duração da viagem que atualmente existe, “é uma melhoria” significativa.

“Mas mais do que tirar um terço do tempo à viagem, estamos também a melhorar o serviço”, disse, destacando ser possível viajar sem mudar de comboio, com um título único, e de existir a “pretensão [de investir na linha] que a própria CCDR-N já tinha sinalizado ao Governo”.

Carlos Neves recordou que, quer para esta cimeira em Madrid como que decorreu no Porto, em maio de 2012, a CCDR-N “fez chegar ao Governo documentos no sentido de reforçar esta preocupação” com a atual ligação ferroviária entre Porto-Vigo.

A solução agora conhecida “vem ao encontro das nossas pretensões e preocupações”, concluiu Carlos Neves.

A declaração final da Cimeira Luso-Espanhola de maio de 2012, refletia a vontade de otimização da ligação Porto-Vigo, com uma “melhoria progressiva e substancial” deste serviço em duas etapas, através da “potenciação como serviço internacional” e, a médio prazo “através de uma atuação sobre a própria infraestrutura ferroviária”.

“Estas duas etapas estão intimamente ligadas e devem conduzir ao objetivo de, tão próximo quanto orçamentalmente possível, as duas capitais regionais terem um serviço de qualidade capaz de ser competitivo, em tempo e em custo, com a ligação rodoviária atual, contribuindo assim para a redução do impacto ambiental e sustentabilidade económica desta infraestrutura ferroviária”, sublinhava o texto.

Recorde-se que esteve prevista uma ligação entre Porto e Vigo por comboio em alta velocidade, projeto que acabou por ser adiado, e depois suspenso, pelo governo socialista de José Sócrates, em novembro de 2010.

Já em julho de 2011, a CP admitiu que a “racionalização de custos” estava na origem da decisão de acabar com a ligação internacional até Vigo, contudo, a administração da CP acabou por manter a ligação.

Este Governo decidiu em março do ano passado o “abandono definitivo” do projeto português de alta velocidade.